Uma grave denúncia marca a morte de uma mulher de 35 anos, internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), do Hospital Central de Mendonza, na Argentina.
Internada por cerca de duas semanas, lutando contra complicações graves causadas por uma gastroenterite, Evelyn Daiana Carrera quebrou o silêncio da sedação com um guardanapo de papel e uma caneta. No dia 12 de dezembro passado, sem conseguir falar e debilitada pela intervenção cirúrgica a que tinha sido submetida dias antes, a mulher escreveu com a mão trêmula: “ME VIOLAN, ME VIOLAN, ME VIOLAN", o que na tradução livre significa: "ELES ME ESTUPRARAM, ELES ME ESTUPRARAM, ELES ME ESTUPRAM”.

Daniela Galván, cunhada da paciente, contou que após escrever o bilhete a parente, descrita como em estado de choque, ainda teria feito gestos tensos, indicando que o agressor seria um enfermeiro do hospital..
Após ler a mensagem, a mãe de Evelyn procurou a delegacia para registrar a denúncia, dando início a uma investigação para descobrir o responsável pelo crime sexual, porém, dias depois a mulher morreu e a justiça local agora também apura a possibilidade de negligência médica.
O Ministério Público local está analisando o histórico médico de Evelyn, os exames de autópsia e imagens de câmeras de segurança do hospital para entender melhor os acontecimentos que cercam tanto sua morte quanto as alegações de abusos sexuais, mas até o momento, nenhuma prisão foi feita.
Evelyn Daiana Carrera era mãe de dois filhos adolescentes, de 15 e 17 anos.