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Partido de extrema-direita renuncia à coalizão de Netanyahu após acordo de cessar-fogo em Gaza

O cessar-fogo é criticado por alas ultranacionalistas, que questionam a libertação de centenas de prisioneiros palestinos

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu / Foto: Reprodução (El País – Uruguai)

Em oposição ao acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, três ministros israelenses de extrema-direita renunciaram à coalizão com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste domingo (19).

Os ministros Itamar Ben-Gvir (Segurança Nacional), Yitzhak Wasserlauf (Neguev e Galileia) e Amihai Eliyahu (Patrimônio) não farão mais parte do governo. Todos eles são do partido de extrema direita Otzma Yehudit (Poder Judeu).

Condições da trégua são criticadas por alas ultranacionalistas da política israelense, que questionam a libertação de centenas de prisioneiros palestinos em troca dos reféns israelenses ainda em poder do grupo terrorista Hamas.

O partido descreveu o acordo negociado com o Hamas como uma “rendição” e disse que a resolução é “imprudente”, que verá “a libertação de centenas de assassinos com o sangue de homens, mulheres e crianças em suas mãos", enquanto renuncia às conquistas das Forças Armadas de Israel (FDI) na guerra.

Na última sexta (17), no entanto, Ben-Gvir assegurou que não tentaria derrubar Netanyahu mesmo que a trégua fosse aprovada. "Amo Netanyahu e vamos apoiá-lo de fora", disse.

Suspenção da Guerra

Israel anunciou neste domingo que o cessar-fogo em Gaza acordado com o Hamas começou a vigorar às 11h15 deste domingo (6h15 de Brasília), após confirmar o recebimento da lista de reféns a serem libertadas durante o dia e informar suas famílias.

As três reféns, Romi Gonen, Doron Steinbrecher e Emily Damari, são civis. Gonen, 24 anos, foi sequestrada durante o ataque ao festival de música Nova, e Damari (a única refém com nacionalidade britânica, 28 anos) e Streinbrecher (31 anos) foram levadas do Kibbutz Kfar Aza. A libertação está prevista para ocorrer a partir das 16h (11h de Brasília), em troca da liberação de 95 prisioneiros palestinos.

Durante essas seis semanas também ocorrerão negociações para uma segunda fase da trégua, que completaria a libertação de todos os reféns israelenses em Gaza e estabeleceria as bases para o fim da guerra. (*Com informações de ANSA, EFE e AFP)

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