Em entrevista concedida ao Blog do Amarildo, divulgada nesta terça-feira (1º), o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB) comentou os primeiros meses do seu segundo mandato à frente da cidade, omitindo problemas graves mencionados pela população em gera
Atualmente o que mais incomoda os valparaisenses, conforme suas manifestações, é a total falta de infraestrutura da cidade, que tem buracos espalhados em todas as ruas, muitas delas teoricamente intransitáveis e sem coleta de águas pluviais, a falta de aulas verdadeiramente Online na rede pública de ensino, o caos nos serviços de saúde, mesmo a cidade tendo recebido R$ 30 milhões para enfrentamento da pandemia e as diversas denúncias de corrupção. Tudo ignorado nas abordagens do prefeito.
A maioria dos destaques feitos por Mossoró em seu balanço são coisar curriqueiras, realidades concebidas por outros e não por ele próprio ou, no mínimo, de pouca relevância no momento:
1) O Refis (refinanciamento de dívidas tributárias municipais), é normal, acontece todo ano;
2) A inauguração do Laboratório de Robótica (Include) foi trazido pela ONG Programando o Futuro, que operacionalizou uma parceria entre o governo estadual e o Instituto Campus Party. A Programando é uma entidade de renome internacional, nascida em Valparaíso e que deixou a cidade exatamente por incapacidade administrativa da gestão Mossoró, levando para o Distrito Federal cerca de 30 empregos formais e impostos;
3) A iluminação de Led que a cidade está recebendo é boa parte um projeto particular da Enel e a parte do investimento municipal causa estranheza em analistas, pois o prefeito anunciou no início do ano tratativas para privatizá-la;
4) As tratativa para trazer cursos do Senai para a cidade, na realidade é uma notícia frustrante para a população local, pois outras cidades, como Novo Gama, foram mais eficientes e já confirmaram chegada do benefício concretamente;
5) A distribuição de cestas básicas para as famílias socialmente vulneráveis em Valparaíso de Goiás, na realidade é um dos pontos fracos do governo, que até o momento não comprou uma única unidade e vive de doações de empresas entidades e do governo estadial. A vizinha Novo Gama, mais uma vez usada como exemplo, já está fazendo a segunda compra de 1.000 cestas para somar às que recebe por doações;
6) O novo ônibus escolar vindo por e-menda parlamentar não é o que vai fazer a grande diferença no transporte de alunos da rede municipal, que além de ainda estarem sem aula, usam grande quantidade desses veículos;
7) O campo sintético do Jardim Céu Azul na verdade é uma obra atrasada, que vem se arrastando a cerca de um ano;
8) A entrega dos Kits de alimentação para famílias de alunos matriculados na rede municipal de ensino vem sendo feita trimestralmente e não mensalmente como recomendou o Ministério Público, sem contar que o valor pago pelos últimos pacotes, únicos descentes desde o início da pandemia, foram muito questionados pela população;
9) A vacinação contra a covid-19 não passa de um cumprimento do Plano Nacional, sem nenhum esforço da gestão municipal, que inclusive é a única da região que não se manifestou para adquirir doses de imunizantes com recursos próprios, mesmo tendo uma lei de autoria da vereadora Cláudia Aguiar autorizando a compra;
10) A comemoração pelo aniversário da cidade está longe de ser uma política pública e para muitos dispensa qualquer comentário.
“O prefeito só enrolou como vem fazendo em suas redes sociais, publicando reuniões intermináveis de planejamentos que nunca viram coisas concretas. A cidade está derretendo em buracos, as crianças não têm uma aula transmitida em canto nenhum e a saúde está está absurdamente ruim“, disse a moradora Ana Alice, que enviou a entrevista para a redação, anexada do comentário.