Os desdobramentos das investigações do crime bárbaro, ocorrido em um motel de Abadia de Goiás no dia 13 de outubro pode estar revelando a trama de um assassino em série, é o que aponta as investigações.

Preso suspeito de torturar, matar e por fogo no corpo de uma garota de programa Deyselene de Menezes Rocha, Leandro Alves passou a ser tratado como um possível “serial killer”, que atuaria desde 2014 na região e até no exterior.
Leandro foi preso no fim da semana passada em Foz do Iguaçu (PR), possivelmente quando arquitetava uma fuga do país. Na tríplice fronteira ele é suspeito de ter assassinado, sob modus operandi semelhante, uma garota de apenas 15 anos, também em um motel, em Ciudad del Este, no Paraguai.
De acordo com o responsável pela investigação, o delegado Arthur Fleury, os policiais têm recebido “várias denúncias” sobre a atuação do suspeito, que foi preso no fim da semana passada em Foz do Iguaçu (PR), possivelmente quando preparava uma fuga do país.
Fleury revelou detalhes daquela madrugada de outubro, quando Deyselene foi morta, que vem motivando denúncias de casos similares.
De acordo com o delegado, a polícia teve acesso a uma troca de mensagens entre a vítima e uma colega, que mostra que ela foi morta minutos depois, por ter se negado a realizar fantasias sexuais de Leandro. Além dele, também estavam no quarto Wallace Alves Novais, preso por suspeita de participação no crime, e uma mulher até agora identificada apenas como Helen. Ambos entraram a pé no motel.

Por volta das 7h24 da manhã, a garota de programa revela a uma colega que está no quarto de motel com um homem que quer que ela pratique sexo anal nele, e reage: "socorro, eu nunca fiz isso"
. A amiga responde com uma risada. Um minuto depois, a vítima volta a escrever: "socorrooooo"
.
"No intuito de localizar mais vítimas, já que a Polícia Civil está recebendo várias denúncias, duas informação são importantes: como ocorreu na tentativa de estupro e homicídio em 2014 (crimes pelos quais Leandro já respondia), o suspeito pediu para a vítima situações que a mesma se negou, como no print de conversa que Deyselene mandou pouco antes de morrer, e também exigir a prática de sexo sem preservativo, o que o levou a esfaquear as mesmas, torturar e matar, como foi no Brasil e Paraguai"
, informou Arthur Fleury na publicação.
Para facilitar a identificação do suspeito em outros crimes, o delegado revelou ainda que ele não possui dois dedos na mão direita. Por enquanto, a polícia tem conhecimento de três crimes parecidos que teriam sido cometidos por Leandro, o de Deyselene, um outro caso ocorrido há nove anos na região e o assassinato da garota de 15 anos no Paraguai.
