Moradores de Valparaíso de Goiás, município goiano do Entorno do Distrito Federal, vêm denunciando a falta de medicamentos gratuitos nas farmácias públicas da cidade.

De acordo com relatos, a escassez atinge de antitérmicos como o Ibuprofeno, denunciado por uma moradora do bairro Céu Azul ao portal Nu Goiás nesta quarta-feira (16), até remédios de uso contínuo, como psicotrópicos e controladores de pressão.
Esse falta de medicamentos gratuitos na cidade diverge, porém, da argumentação do próprio prefeito Pábio Mossoró (MDB), que ao pedir autorização na Câmara Municipal para remanejar cerca de R$ 145 milhões do orçamento municipal, alegando em 9 de setembro ter “excesso de arrecadação” no ano.
Na mensagem de apresentação do PL 308/2022 enviada aos vereadores, Pábio Mossoró oficializou que, só para um segmento da saúde, Valparaíso tinha arrecadado R$ 10 milhões a mais do que os R$ 39 milhões previstos até aquela data:

Para piorar a disparidade entre a falta de medicamentos e a quantidade recorde de recursos recebidos pelo município de Valparaíso, de acordo com um levantamento feito pela redação, não há nenhum investimento além de manutenção básica na saúde neste momento.
Consultada por e-mail, a prefeitura valparaisense não apresentou nenhum investimento extra na saúde e também não comentou sobre a escassez de medicamento das farmácias públicas.
Veja o documento completo da apresento do PL 308/2022 onde o prefeito de Valparaíso relaciona a entrada de dinheiro extra em vários segmentos da sua gestão no ano: