O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou, nesta quarta-feira (22), um pedido para que o presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, pudesse visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar. A solicitação havia sido feita pela defesa do Bolsonaro.

Na decisão, Moraes lembrou que uma das restrições impostas pela Justiça, além da prisão domiciliar, é a proibição do contato com outros investigados.
A Primeira Turma do STF determinou que a investigação contra Valdemar no âmbito da trama golpista, por organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, fosse reaberta nesta terça-feira (21).
Valdemar volta a ser investigado
O presidente do PL é suspeito de financiar um laudo com críticas falsas contra as urnas eletrônicas, como parte da estratégia de provocar uma “convulsão social” e criar o ambiente para o Golpe de Estado.
No julgamento em que condenou os réus do núcleo 4, da tentativa de golpe que culminou nos atos do dia 08 de janeiro de 2023, conhecido como núcleo da desinformação, está incluso o presidente do Instituto Voto Legal, Carlo Cesar Moretzsohn Rocha, responsável pelo laudo com informações falsas.
Com a condenação do presidente do Instituto Voto Legal, a Primeira Turma do STF acolheu a proposta de Moraes de retomar a apuração contra Valdemar pelos crimes de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.