O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender que exista algum tipo de “regulamentação da imprensa” no Brasil.
A declaração foi feita durante uma entrevista concedida à Rádio Clube, de Pernambuco, nesta quarta-feira (9).
Para o favorito na disputa eleitoral pela presidência da República que será definida em outubro próximo, é preciso “estabelecer determinadas regras de civilidade nos meios de comunicação
”, mas o petista negou que tal sugestão faça alusão à censura.
“Não falem de censura para mim, eu quero a liberdade de imprensa. Liberdade em que a imprensa fale o quiser, mas que também seja respeitado o direito de resposta”
, argumentou.
Lula também afirmou que a internet está virando uma “fábrica de fake news e provocações”
e avaliou que o Brasil está “muito atrasado”
em projetos do gênero em comparação com outros países.
“Não podemos deixar a internet do jeito que está, virando uma fábrica de fake news e provocações”
, disse. “Estamos muito atrasados. Temos modelos na Inglaterra, na Alemanha, na França e em vários países”
.
Essa não é a primeira vez que o petista menciona a regulamentação da imprensa. Mesmo que ainda não tenha lançado oficialmente sua pré-candidatura, o ex-presidente também mencionou outras propostas durante as entrevistas, como a revogação da reforma trabalhista.
Sobre o assunto, Lula defendeu que haja uma reunião entre “empresários, o governo, os trabalhadores e as universidades”
, mas não voltou a mencionar a revogação de uma lei trabalhista na Espanha como um modelo “a ser acompanhado de perto”
, um comentário feito nas redes sociais que gerou ruídos mesmo entre aliados do PT.