Lideranças do Centrão já avaliam abertamente a possibilidade de derrota do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Membros do PP, uma das principais legendas do bloco de partidos, entendem que para o “Mito” chegar com alguma competitividade na disputa, ele vai ter que crescer entre os eleitores das classes D e E, os que vivem na pobreza e extrema pobreza.
Para esses aliados de momento, Bolsonaro depende da reversão neste segmento, pois a queda de sua popularidade na Classe Média seria irreversível. A última pesquisa DataFolha, aponta uma rejeição inédita do presidente de 53%.
Diante deste quadro iminentemente negativo, as agremiações do Centrão fazem valer seu pragmatismo em cifras, somente isso.
O próprio PP de Ciro Nogueira, por exemplo, é forte no Nordeste, mas praticamente não tem penetração em São Paulo, onde Bolsonaro ainda mantém alguma popularidade.
Como para estes partidos o que conta é o Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral e a fatia que cada legenda abocanha desses recursos depende de suas representatividades, pouco importa reeleger ou não o presidente, o que importa é o número de deputados estaduais e federais têm e podem eleger.
Nesse sentido, até com poucas chances, segundo aferições do momento, a filiação de Bolsonaro é pretendida por vários partidos, incluindo o PP. O presidente ainda carrega consigo cerca de 20 milhões de eleitores.