Votação ocorreu nesta quarta-feira (1°) e é um passo para o governo cumprir uma das suas principais promessas, que chama de justiça tributária social

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (1º), o projeto de lei que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha salários de até R$ 5 mil a partir de 2026 (PL 1087/25).
Um total de 493 deputados votaram a favor da proposta, entre eles a representante da Região Metropolitana do Entorno na Câmara Federal, Lêda Borges (PSDB-GO).
"Votei sim! (...) A expectativa é beneficiar mais de 15 milhões de brasileiros, com economia anual de até R$ 4.300 para cada contribuinte isento", comemorou a parlamentar, que ainda alertou que a proposta agora segue para analise do Senado Federal.
O PL apresentado pelo governo federal para o Congresso em março prevê um custo de R$ 25,8 bilhões por ano.
Para compensar, a medida eleva a tributação sobre quem recebe acima de R$ 600 mil por ano. Segundo o Ministério da Fazenda, a medida atingirá 0,13% dos contribuintes, que hoje pagam, em média, apenas 2,54% de Imposto de Renda.
Os chamados “super ricos” , que ganham R$ 1,2 milhão ou mais, terão alíquota mínima de 10% de tributação.
O que muda?
O relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP), já havia declarado na semana passada que existia unanimidade na Câmara para aprovar a isenção total de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e parcial para aqueles que recebem até R$ 7.350.
Entretanto, ele destacou que o desafio do texto era voltado a encontrar um ponto de equilíbrio na compensação, de forma a beneficiar cerca de 16 milhões de brasileiros com isenção parcial ou total do imposto.
A proposta foi aprovada em julho deste ano em comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para analisá-la. No Plenário, a proposta tramita em regime de urgência.
Além da isenção total para quem ganha até R$ 5 mil, o projeto pretende reduzir o IR para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.
Quando passa a valer?
Depois passar pelo Senado Federal, a versão final do projeto precisa ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A proposta é uma promessa de campanha de Lula em 2022, considerada prioridade do governo para este ano. Uma vez aprovado com a diretriz de iniciar no próximo ano, a tributação já vai ser alterada para o ano fiscal de 2026.