Vereadores da base governista aprovaram nesta sexta-feira (11), em primeira votação, o chamado “pacote de maldades” contra os servidores públicos municipais, enviado pelo prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), para a Câmara.
Uma das medidas aprovadas pelos governistas foi a legalização do calote aplicado pelo governo Mossoró na previdência dos servidores públicos da cidade. Para supostamente esconder o descontrole nas contas públicas até o término das eleições, Pábio Mossoró deixou de pagar a contribuição patronal e as parcelas da dívida previdenciária do funcionalismo municipal desde abril, aumentando o rombo no Instituto de Previdência local (IPASVAL) em algo perto de R$ 5 milhões.
A outra maldade proposta pelo prefeito foi o aumento de 30% na contribuição previdenciária dos servidores, que ele pretende passar de 11 para 14% linear, sem distinção do impacto provocado nas diferentes remunerações. Neste projeto a vereadora Elenir votou junto dos vereadores de oposição, Silvano (PT), Ferreira (PRTB), Elvis Santos (SD), Nerivaldo Agiliza (PSDB) e Paulo Galego (Movimento 65), que tentaram ao menos negociar uma nova alíquota progressiva, que penalize menos os que recebem salários menores
No pacote de medidas, Pábio também retira a regência de classe, de 25% dos salários dos professores e suas aposentadorias.
Além do chamado “pacote de maldades” a base aliada do prefeito Pábio Mossoró também iniciou a votação de uma suplementação orçamentária, chamada pelo vereador Ferreira de “aberração”, já que pretende liberar R$ 6 milhões do orçamento de 2020 para fundos que ainda não foram criados e, se criados, só existiram a partir de 2021, que deveriam ser abastecidos com recursos do próximo ano.
Agora os projetos seguem o rito de mais duas votações para se tornarem definitivos.