Pai e filho foram indiciados por crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito

A Polícia Federal concluiu nesta quarta-feira (20), o inquérito que investigava Jair e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais.
A investigação foi aberta após solicitação da Procuradoria Geral da República (PGR) e determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ela aponta que “Eduardo vem atuando, ao longo do ano de 2025, junto a autoridades governamentais dos Estados Unidos da América, com intuito de obter a imposição de sanções contra agentes públicos do Estado brasileiro, notadamente do STF, da PGR e da Polícia Federal, sob o argumento de suposta perseguição política”.
O relatório da PF mostra ainda que o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) tem ajudado o filho a agir contra o Brasil e suas instituições, tentando chantageá-las em busca da suspensão do julgamento do ex-presidente por tentativa de Golpe de Estado, que culminou nos ataques de 08 de janeiro de 2023. A conclusão aponta ainda que os movimentos de Eduardo contam com auxílio material de terceiros, citando nominalmente o pastor Silas Malafaia.
"Nesse contexto, a análise do material probatório arrecadado identificou que o indivíduo Silas Lima Malafaia, conhecido líder religioso, vem atuando de forma livre e consciente, em liame subjetivo com os demais investigados, na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas", diz o texto.
O também afirma que Bolsonaro e Walter Braga Netto (PL) descumpriram as medidas cautelares de proibição de manter contato durante investigação realizada anteriormente pela Polícia Federal, além do uso de redes sociais quando estava impedido após a decretação das medidas.
Veja abaixo a íntegra do relatório da Polícia Federal: