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Trump corre atrás de Xi Jinping e os dois fecham acordo sobre tarifas e terras raras

Os Estados Unidos da América (EUA) reduziram suas taxas de importação às produtos chineses de 57% para 47% e suspenderam as ameaças de novas tarifas, em troca a China deve retomar compra de soja americana, manter fluxo de exportação de terras raras e combater tráfico de fentanil, anunciou o presidente norte-americano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping / Foto: Reprodução (Andrew Caballero-Reynolds AFP)

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (30) que teve uma reunião “incrível” com o presidente chinês, Xi Jinping, e anunciou o acordo para reduzir as tenções entre as duas potências.

"Acho que foi uma reunião incrível", disse Trump após o encontro com Xi Jinping em uma base aérea na cidade sul-coreana de Busan. Ele elogiou o Xi como "um líder extraordinário de um país muito poderoso" e anunciou que visitará a China em abril. "Irei à China em abril, e ele virá aqui logo depois, seja para a Flórida, Palm Beach ou Washington", disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One.

A reunião de duas horas, realizada à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) em Busan, Coreia do Sul, foi o primeiro encontro presencial entre Xi e Trump desde 2019.

Pouco depois, a China confirmou que suspenderá por um ano a implementação dos controles de exportação sobre terras raras e outros materiais estratégicos, adotados em 9 de outubro.

Em resposta aos obstáculos às exportações de terras raras, grupo de minerais essenciais em diversas indústrias cuja produção e processamento a China controla globalmente, Trump havia ameaçado nas últimas semanas impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro, mas os asiáticos “deram de ombro” para o norte-americano, que teve que correr atrás do prejuízo causado por si próprio novamente.

"Grande sucesso"

Trump classificou seu encontro com Xi como um “grande sucesso”, afirmando que os dois líderes concordaram com um acordo que inclui a redução das tarifas americanas sobre produtos chineses de 57% para 47%.

Em troca, Pequim prometeu manter o fluxo de exportações chinesas de terras raras. Trump acrescentou que a China também compraria “grandes quantidades” de soja americana e intensificaria o combate ao tráfico de fentanil. O acordo permanecerá em vigor por pelo menos um ano.

Por sua vez, Xi se limitou a dizer que chegou a um “consenso” com Trump para resolver suas disputas comerciais e pediu que o trabalho subsequente seja concluído “o mais rápido possível”, segundo a mídia estatal chinesa.

O republicano também revelou, sem confirmação da contraparte, que "grandes quantidades de soja e outros produtos agrícolas serão compradas imediatamente".

O setor agrícola dos EUA foi duramente atingido pela guerra comercial entre EUA e China, com os produtores de soja americanos tendo sido os mais afetados, registrando uma queda de 3 bilhões de dólares (R$ 16 bilhões) no comércio com a China, apenas no primeiro semestre de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024.

Tradicionalmente, a China tem sido a maior compradora de soja dos EUA, adquirindo quase metade da safra em 2024. Mas as tarifas retaliatórias chinesas sobre a soja praticamente paralisaram as vendas da leguminosa dos EUA para a China a partir de maio.

O acordo pode representar um revés para países latino-americanos como Brasil e Argentina, que aumentaram suas exportações para o gigante asiático em meio à disputa entre Washington e Pequim.

Terras raras, fentanil

Trump acrescentou que também foi assinado um acordo renovável de um ano referente ao fornecimento de elementos de terras raras pela China, essenciais para indústrias como a de defesa e a de tecnologia.

"Tudo relacionado às terras raras foi resolvido, e isso vale para o mundo", disse o presidente americano a repórteres a bordo do Air Force One.

No início de outubro, Pequim havia anunciado restrições à exportação desses materiais, um setor no qual a China tem enorme domínio.

"Quanto ao fentanil, concordamos que ele trabalharia muito para interromper seu fluxo. Impus uma tarifa de 20% sobre a China devido à entrada" desse opioide, disse Trump, que, pelo mesmo motivo, ameaçou o México. "Vou reduzi-la em 10%", acrescentou.

Fentanil é um opioide sintético que é o principal medicamento responsável por mortes por overdose nos Estados Unidos. A China é a principal fonte dos precursores químicos usados na produção de fentanil.

Os mercados chineses reagiram positivamente à esperança de uma redução das tensões comerciais.

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