O agente da Polícia Federal Lucas Valença, que ganhou fama durante a prisão do ex-deputado federal Eduardo Cunha, em 2016, foi morto com um tiro na noite desta quarta-feira (2), após invadir uma propriedade rural em Buritinópolis, a 296 quilômetros de Valparaíso de Goiás e Novo Gama.
Segundo o boletim de ocorrência, familiares e amigos de Lucas, que ficou conhecido como “hipster da Federal”, relataram que ele apresentava confusão mental desde a noite anterior.
A polícia foi acionada pelo autor do tiro, identificado como Marcony Pereira. Ele relatou estar em sua residência com a esposa e a filha de três anos quando ouviu barulhos e xingamentos do lado de fora da casa.
De acordo com o dono da propriedade, Lucas gritava que naquela residência havia demônios. Em seguida, ainda conforme o boletim de ocorrência, o agente da PF desligou o padrão de energia e foi até a porta e conseguiu arrombá-la e entrar na casa, momento em que Marcony fez um disparo de espingarda e correu para religar a energia. Em seguida, ele chamou a polícia.
O tiro atingiu Lucas abaixo do peito, mas quando o socorro chegou ao local o policial já havia falecido.
Lucas Valença integrava o Comando de Operações Táticas da PF na ocasião da prisão do então presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O visual de barba, coque estilo samurai, em moda na época e corpo tatuado renderam a ele o apelido de “hipster da Federal”, fazendo-o cair no gosto das redes sociais.
Hipster é uma palavra inglesa usada para descrever um grupo de pessoas com estilo próprio e que habitualmente inventa moda, determinando novas tendências alternativas.