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Luciano Hang ironiza a CPI da Covid-19 e exibe algemas que teria comprado para ser preso

O empresário bolsonarista, dono das Lojas Havan, Luciano Hang, publicou um vídeo nesta segunda-feira (27) onde aparece com uma algema um dos punhos.

Na publicação, Hang afirma que comprou o apetrecho para economizar dinheiro público, caso os senadores da CPI da Covid-19 não gostem do que ele tem a dizer.

Luciano Hang se algema para ironizar a CPI da Covid-19 / Foto Reprodução

Estou indo na CPI com o coração aberto. Gentileza gera gentileza, respeito gera respeito. Eu quero que eles façam as perguntas e eu tenha todo o tempo do mundo para responder. Eu tenho tanto tempo, toda a quarta-feira vai estar disponível. Eu trabalho 24 horas por dia, então vou ter todo o tempo do mundo“, afirma o empresário que completou:

E, se por acaso eles não aceitarem aquilo que vou falar, já comprei… Para não gastar dinheiro com algema, já comprei uma algema, vou entregar uma chave para cada senador. E que me prendam“, finaliza o empresário levantando os braços.

Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, Hang é um dos principais defensores do chamado tratamento precoce e seu depoimento é pretendido pela CPI para aprofundar as investigações sobre o possível elo entre o Governo Federal e entes privados para promover o uso dos medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19.

Luciano Hang é suspeito de ter mentido sobre a morte da própria mãe, atendida em um hospital da Prevent Senior com Covid-19.

Eu sempre falo: não podemos mais cuidar de quem morreu, mas podemos cuidar de quem está vivo. Tome a decisão acertada. Eu me cobro hoje que eu poderia ter salvado a minha mãe, de repente, se eu tivesse feito o preventivo, será que nós não poderíamos ter feito isso? E agora eu fico me perguntando, e se eu tivesse feito, será que ela não estaria viva? Reflita. Obrigado“, disse Hang em um vídeo, dando a entender que sua mãe teria morrido sem usar o chamado Kit Covid.

Porém, um dossiê entregue à CPI por médicos que trabalharam na rede Prevent Senior aponta que a rede administrava indiscriminadamente, as vezes até sem o consentimento dos pacientes e parentes, os medicamentos do chamado “kit Covid”. O documento também menciona suposta mudança nos prontuários de vários pacientes, incluindo o médico Anthony Wong e Regina Hang, mãe de Luciano Hang.

Além de omitir a Covid-19 na causa morte da genitora do empresário, o seu prontuario aponta que ela teria sim, recebido Hidroxicloroquina, Azitromicina, Prednisona e Colchicina antes de morrer. A senhora Regina Hang ainda recebeu a “ozonioterapia retal”, prescrito por médicos particulares e não vinculados à operadora.

Uma das suspeitas da CPI é que Luciano Hang tentou omitir o tratamento utilizado pela mãe para “não prejudicar a causa do tratamento precoce”.

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