Ex-aliada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), comentou possibilidades para a eleição presidencial do ano que vem e disse que vai direcionar todos os esforços para a construção da chamada “3ª via”, seja ela qual for.
“O Brasil precisa disso. Não aguentamos mais extremos. A gente chegou aonde chegou pelos extremos. O fanatismo emburrece“, disse Joice durante entrevista concedida ao UOL News na noite desta sexta-feira (23).
A parlamentar comentou que, apesar de ter feito parte desse extremismo, teve “a duras penas e com um custo muito alto“, a oportunidade de enxergar e “sair disso“.
Para Joice, o Brasil precisa de paz, união e um presidente que governe para todos, “para a direita, esquerda, centro, para quem não votou nele, para quem não votou em ninguém“, o que, segundo ela, não se vê nem no atual presidente da República, nem no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os dois extremos opostos que lideram a corrida atualmente.
Hasselmann garantiu que vai apoiar qualquer um que se apresente como alternativa, preferencialmente o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), mas sem descartar o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o senador Tasso Jereissati (CE), ambos do PSDB.
“O meu nome do coração, todo mundo sabe, seria o Moro. Mas acho muito pouco provável que ele venha. O João Doria é muito meu amigo, e ele é muito obstinado, acho o Eduardo Leite uma graça de menino, gosto muito dele. [O ex-ministro Luiz Henrique] Mandetta também é um bom nome. Todos esses nomes têm grandes qualidades“, disse ela.
“Seria legal se a gente colocasse todo mundo num liquidificador, batesse e tirasse dali uma qualidade de cada um para fazer um candidato ou então juntar todo mundo e dizer: ‘Todos aqui vão estar no governo, independente de quem vai estar na cabeça de chapa’“, afirmou, dizendo que vai “trabalhar como uma leoa por qualquer um desses nomes”.
