O presidente da Câmara Municipal de Valparaíso de Goiás decidiu restringir a entrada no plenário da “casa do povo” nesta quarta-feira (23) a apenas policiais e imprensa.
A decisão pretende evitar a manifestação de servidores públicos municipais que se opõem à tramitação do Projeto de Lei 213/2022 do executivo, referente ao reajuste da categoria.
De acordo com os trabalhadores, a proposta de reajuste feita pelo prefeito Pábio Mossoró (MDB) seria um “golpe” nos servidores, pois além de estabelecer índices muito abaixo do que determina, por exemplo, a Lei 819/2009, também inverte a ordem das correções dos servidores da educação, causando um prejuízo mínimo mensal a cada profissional de cerca de R$ 407, para o resto da sua vida funcional.
Na sessão anterior, quando o PL entrou em 2ª votação, a Câmara Municipal se transformou em um campo de batalha com a ação da Polícia Militar, que usou até Spray de Pimenta para dispersar os trabalhadores que se manifestavam.
"O presidente não tem que ter medo da nossa manifestação na Câmara não, os políticos precisam temer a nossa manifestação nas eleições, quando a gente for às urnas"
, disse uma professora que pede para não ser identificada.
"Nosso movimento faz barulho, como tem que ser, mas é pacífico e essa 'intervenção militar' na câmara, solicitada pelo próprio presidente é um absurdo, coisa de ditadura"
, completou ela.
O presidente Plácido Cunha, na sessão anterior, deixou o parlamento debaixo de gritos de “covarde” e “vendido“, após supostamente ter chamado a Polícia Militar para impedir a entrada dos trabalhadores em greve na Câmara, o que é apontado como causa do tumulto ocorrido.
Na noite desta terça-feira (22) o promotor de justiça Daniel Naiff Fonseca emitiu um ofício recomendando a suspensão da tramitação da Lei 213/2022, "para permitir a análise inicial do expediente protocolado neste órgão ministerial pelo SINDSEPEM/VAL"
.
O povo proibido de entrar na CASA DO POVO? ” , Lamentável. Se não quer pressão popular não entre na vida pública, afinal”o poder emana do povo e em seu nome será exercido”.