Na manhã desta sexta-feira (04), os vereadores da base aliada do prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), rejeitaram todos os requerimentos da vereadora Cláudia Aguiar (PSDB) que pretendiam auditar órgãos públicos onde estariam ocorrendo crimes de corrupção.
Um suposto esquema estaria fraudando valores de multas e tributos aplicados pelos órgãos de fiscalização e de arrecadação tributária, vinculados à Secretaria de Finanças, que por sua vez é comandada pelo secretário Milton dos Reis, em troca de propina.
O vereador Tião da Padaria (PSC) foi o porta-voz dos parlamentares governistas que atuaram para “blindar” a gestão de Pábio Mossoró da investigação.
Na votação, do segundo de sete requerimentos de auditoria, Tião voltou a pedir para que Cláudia Aguiar retirasse o pedido, se dizendo satisfeito com um oficio da superintendente do órgão de fiscalização, Cleonice Alves Pereira Bernardo, que informou já ter instalado as sindicâncias internas. Porém a vereadora, autora dos pedidos de investigação, lembrou que ela também deve ser investigada.
"Quem nos garante que a superintendente (Cléo) também não está envolvida neste esquema de corrupção? Essa superintendente também responde um PAD (Processo Administrativo Disciplinar). Eu não sei se os nobres vereadores sabem disso, mas a superintendente também responde a um PAD, Então nós temos o direito e a obrigação de fazer essa comissão e pedir uma auditoria, inclusive na senha da Cléo, que é a superintendente, que tem a senha master dentro da Tributária"
, contra-argumento a vereadora.
Na sequência o requerimento foi rejeitado pelos vereadores Plácido Cunha e Jabá, ambos filiados ao Avante, Maria do Monte, Elener e Flávio Lopes, os três do MDB, Alceu Gomes e Zequinha do São Bernardo, filiados ao PL, Portela (Podemos), Wallison Lacerda (PSDB) e Tião da Padaria (PSC). Jorge Recife (PDT) e Paulo Brito (PSC) estavam ausentes.
Disposta a blindar o prefeito Pábio, mesmo diante do prejuízo político, sua “tropa de choque” na Câmara também não assinou o requerimento para a instauração de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), semelhante uma CPI do Congresso Nacional, para investigar as recentes denúncias de corrupção.