O candidato a prefeito de Valparaíso de Goiás, Marcus Vinícius (MDB), volta aos holofotes por outro caso de corrupção no seu grupo.

Nesta quinta-feira (5), o juiz da 33ª Zona Eleitoral de Valparaíso de Goiás, decidiu pela impugnação da candidatura a vereadora da ex-secretária de educação de Valparaíso de Goiás, durante os governos Pábio Mossoró (MDB), Rudilene Nobre (UB).
"Julgo PROCEDENTE a impugnação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral, e INDEFIRO o pedido de registro de candidatura de RUDILENE ALVES DE FARIAS NOBRE, para concorrer ao cargo de Vereador nas Eleições 2024, no Município de Valparaíso de Goiás, com fulcro no art. 1º, inciso I, alínea “g”, da Lei Complementar N.º 64/90", sentenciou o magistrado.
Rudilene, que chegou a ser cogitada como candidata a vice-prefeita ao lado de Marcus Vinícius, teve suas contas teve contas reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) por um alegado superfaturamento em contratações da secretaria municipal de educação, que chegaram a quase R$ 1 milhão, conforme o Acórdão 00635/2024.
De acordo com interlocutores, Rudilene seria a vice preferida por Mossoró na chapa de Vinícius, por ser apontada como garantia de “manutenção dos negócios políticos” do atual gestor da cidade durante um suposto governo do emedebista, porém, o risco jurídico, que se confirmou, teria feito o grupo repensar a indicação.
Impacto
A impugnação da candidatura de Rudilene desfalca a chapa de vereadores do União Brasil, que agora teria que lutar por sua substituição, ou cortar dois candidatos homens da legenda, devido a exigência legal mínima de 30% de postulantes mulheres em cada pleito legislativo.
O caso também leva mais um caso de corrupção para o entorno do candidato a prefeito Marcus Vinícius, que já foi condenado por crime eleitoral e enfrenta um processo onde é acusado de ter fraudado uma licitação.
Vinícius vem de duas derrotas no tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que recusou seus últimos recursos para barrar o processo em que o Ministério Público o acusou de ter falsificado pessoalmente a assinatura de dois advogados do escritório de sua mãe, Márcia Teixeira, para forjar propostas concorrentes mais caras no processo licitatório onde saiu vencedor.
Veja a sentença de impugnação completa abaixo: