Estado tem 1.124 casos confirmados neste ano; circulação do sorotipo 3 da doença preocupa autoridades

O governador Ronaldo Caiado e a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado, convocaram, nesta sexta-feira (17), prefeitos de todo o estado para um mutirão contra a dengue. No encontro, realizado por videoconferência, Caiado cobrou empenho dos municípios na limpeza urbana, vacinação e combate aos criadouros. Somente este ano, foram confirmados 1.124 casos da doença em Goiás, com seis mortes em investigação.
“Peço atenção a todos os prefeitos e agentes comunitários de saúde para que estejam de casa em casa. Seremos um exército fazendo um verdadeiro mutirão para diminuir a incidência dessa doença”, disse Caiado. “Estamos acompanhando as ações nos 246 municípios e cobrando muito de cada responsável”, complementou, após afirmar que as mortes por dengue são evitáveis.
Para Gracinha Caiado, o manejo correto do lixo também é essencial. “Isso merece a atenção de todos. Precisamos ir além da recomposição das equipes de agentes e cobrir todo o município. O lixo descartado de forma incorreta já foi identificado como o maior causador da dengue. É necessário um grande trabalho nesta área”, explicou.
A Secretaria da Saúde (SES) alerta para o risco elevado de contaminação pelo sorotipo 3 da dengue, que voltou a circular e já foi detectado nas cidades de Rio Verde, Anápolis e Goiatuba. “A gente está pegando uma população absolutamente suscetível ao sorotipo 3 e esse é o grande risco. A gente não pode relaxar”, pontuou o titular da pasta, Rasível dos Reis Santos Júnior, aos prefeitos participantes.
Em todo o estado, 16 cidades estão em situação de alerta por causa da alta incidência da doença. Diante do cenário, o governo ampliará o monitoramento dos dados e as ações de controle dentro dos municípios, além de capacitar servidores e prestar suporte às prefeituras, responsáveis diretas pelos atendimentos. Defesa Civil e Corpo de Bombeiros estão entre as unidades que participam da iniciativa.
Compromisso
“É uma campanha de grande importância para que os municípios tenham a convicção do quanto é necessária a limpeza das ruas, dos lotes e dos lugares típicos para serem criadouros do mosquito. Será uma força-tarefa e todos estão imbuídos nessa obrigação”, frisou o presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), Carlão da Fox.