Com as mortes novamente em alta e sem nunca ter esboçado alguma proximidade com o controle da pandemia, o Brasil atingiu neste sábado (19) a ‘catastrófica’ marca de 500 mil óbitos causados pela covid-19.
O meio milhão de mortes causados pela novo coronavírus acontece com o país imerso em um caos sanitário causado principalmente pelo negacionismo e pelas campanhas de desinformação, lançadas prioritariamente pelos seguidores do chefe maior da nação, o presidente Jair Bolsonaro.
No mundo, o Brasil é o segundo país com mais mortes absolutas causadas pela covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos que tem uma população 55% maior, mas 20% de óbitos a mais, cerca de 600 mil no total.
Ao contrário dos americanos, porém, que veem a pandemia retroceder após uma grande campanha de vacinação, o Brasil está no seu segundo maior patamar de casos e mortes diárias, superado apenas pela crise de março e abril. Para piorar, a dinâmica da pandemia é de estabilidade em alguns estados e de alta em outros, sem perspectivas de baixa.
Na última quarta, o número de novas mortes diárias, pela média móvel de sete dias, voltou superar as 2 mil, o que não ocorria desde 10 de maio. O número de novos caso diários, pelo mesmo critério, está em 70 mil, próximo ao pico do final de março de março, quando estava em 77 mil.
Desde o início de maio, a taxa de contágio no Brasil é igual ou maior que 1, o que indica persistência de uma contaminação acelerada. Esse número havia ficado abaixo de 1 durante a maior parte do mês de abril, época em que os governadores e prefeitos começaram a relaxar as regras que restringiam a circulação de pessoas, um dos motivos apontados por especialistas para a atual alta.
Até o momento o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não comentou a trágica marca, nem em suas redes sociais.
