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Amazonas tem dia sem registro de morte por covid-19

O estado do Amazonas não registrou nenhuma morte por covid-19 nesta terça-feira (6), conforme dados divulgados pelo governo local.

É a primeira vez que isso ocorre em 16 meses de pandemia, justamente sob um esforço de vacinação da população e não duranta a adoção do tratamento precoce ou uso do TratCov.

Sra. Maria Castro Lima, de 72 anos, recebe 1ª dose da vacina contra a Covid-19 em casa, no município de Labrea no Amazonas (08/04/2021) / Foto: Edmar Barros (AP)

Desde o início da pandemia o Estado assistiu a crises severas, como o cenário de falta de oxigênio em janeiro, com elevamento das estatísticas de mortalidade.

Os dados de óbitos causados pela doença vêm em queda desde o fim de fevereiro, após o pico recorde. O início do ano foi o período de alta da doença na região. Em 30 de janeiro, por exemplo, foram registradas 225 mortes no Amazonas pela covid-19. A média, em seu ponto mais elevado, chegou a ficar em 149 mortes por dia, em 4 de fevereiro.

Para Jesem Orellana, epidemiologista e pesquisador da Fiocruz Amazonas que falou ao Estadão, o número não representa um enfraquecimento da pandemia no Estado, já que existe uma diferença entre as mortes notificadas no dia e as que de fato ocorreram. “Uma coisa é o que os sistemas de informação dizem e outra completamente diferente é o que acontece no mundo real. Daqui a alguns dias, quando os dados forem atualizados, é provável que tenhamos registro de óbito hoje, por exemplo“, explica.

Orellana aponta ainda que, apenas nesta terça, Manaus voltou a ter mais de 200 leitos de UTI ocupados por pacientes de covid, além do aumento de casos. Entre 6 e 26 de junho, houve um crescimento de 43,8% no total de casos registrados, quando comparado ao período de 18 de abril a 15 de maio, mesma época em que a “segunda onda” eclodiu pelo País.

Tenho a impressão que estamos mergulhados em uma nova ilusão, a das vacinas. Foi assim em 2020 com a suposta imunidade de rebanho pela via natural. O ritmo lento da vacinação gera uma expectativa de curto prazo irreal na população“, observa o epidemiologista. Ele aponta também para um alto número de pessoas com esquema vacinal incompleto se infectando, ao mesmo tempo em que novas variantes começam a circular pela região.

As pessoas se expõem, fazem o vírus circular e mutar, contribuindo assim para o desperdício de vacinas. Esse problema se torna ainda mais desafiador quando temos uma alta circulação viral ao longo do tempo. Só poderemos pensar em alívio parcial depois de termos pelo menos 50% da população vacinada com a segunda dose“, diz Jesem

De acordo com os dados do consórcio de imprensa, apenas 13,70% da população do Amazonas já tem a imunização completa contra o coronavírus, percentual acima da média do País, de 13,13%. “Estar com a porcentagem um pouco acima da média em um país que ainda vacinou pouco é motivo de preocupação e não de euforia. Relaxamentos e atitudes que favoreçam a circulação viral seguirão nos deixando no topo da má gestão da epidemia.”

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