O vereador Zé Antônio (MDB) segue consolidando sua pré-candidatura a prefeito de Valparaíso de Goiás apresentando seus projetos junto á comunidade e contando com o apoio da deputada federal Lêda Borges (PSDB), que tem um forte capital eleitoral na cidade e herda o respaldo dos eleitores insatisfeito com a atual gestão.
Esse cenário político, positivo para o morador do Jardim Céu Azul, maior bairro da cidade, ainda estaria sendo beneficiado pela dificuldade o atual prefeito da cidade, Pábio Mossoró (MDB), em escolher o seu candidato a sucessor.
Mossoró, que sofre com o desgaste de estar no fim de seu segundo mandato de prefeito, sem ter resolvido nenhum problema estruturante da cidade e com uma sequência de casos suspeitos de corrupção, se vangloriava de ter uma grande quantidade de pré-candidatos a sucessor, porém, além das consequentes disputas internas, nenhum deles teria tracionado nos índices de intenção de votos.
Na ‘encruzilhada’ que criou para si próprio, Pábio já dispensou o seu secretário de desenvolvimento econômico, Antônio Reis (PSB), o próprio Zé Antônio, de quem é correligionário, mas deve perdê-lo como filiado para o PL, e o vereador Plácido Cunha, que enfrenta acusações de corrupção denunciadas por colegas do legislativo municipal e populares.
No páreo de Mossoró teriam restado apenas a secretária de educação, Rudilene Nobre, o secretário de infraestrutura, Marcus Vinícius, e a deputada Zeli Fritsche (UB).
Rudilene aparece mal nos estudos internos de intenção de votos, inclusive em meio à sua categoria, os professores. Já o secretário Marcus Vinícius, que além de ser o responsável pela infraestrutura da cidade, uma das áreas mais criticadas do governo Pábio, com obras alegadamente mal feitas, caras e ou inacabadas, também não despontou na preferência popular e ainda é acusado pelo Ministério Público por fraude em licitação, num certame onde ele pessoalmente teria, inclusive, falsificado a assinatura de um ou mais concorrentes.
A deputada Zeli Fritsche (UB) é outra opção da base governista, mas além de ser considerada inábil para a gestão e para dar andamento às ‘operações’ do grupo político, também traria a própria Lêda Borges para o pleito, montando uma configuração de disputa praticamente intransponível para os pabistas, segundo uma suposta análise do marqueteiro do próprio Mossoró.
Para piorar, membros do grupo do prefeito Pábio já estariam considerando a possibilidade de que "perder para o Zé Antônio pode não ser tão ruim".
"O Zé já compôs o governo e uma parte da gente consegue conversar bem com ele, mais do que com o Marcus ou com a Zeli. Se brincar, uma vitória do Zé seria melhor para nós", disse um aliado de Pábio Mossoró na condição de anonimato.
