O embate entre a Justiça brasileira e o antigo Twitter ganhou mais um capítulo nesta sexta (26). Após ser cobrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a rede social de Elon Musk prestou esclarecimentos sobre como perfis bloqueados judicial conseguiram realizar uma transmissão em áudio ao vivo (nos Espaços), alegando que isso foi possível devido a uma “falha operacional” da plataforma.

"Essa falha operacional, embora tenha permitido o acesso limitado a elementos não essenciais das contas via aplicativo móvel, foi pontual e não representa uma violação das ordens judiciais proferidas pelos E. STF e TSE [Tribunal Superior Eleitoral]”, diz a defesa da plataforma no Brasil.
A Polícia Federal revelou ao STF que, apesar de manter esses perfis bloqueados para a realização de novas publicações, o X/Twitter não impedia que eles participassem das salas de bate-papo em áudio ao vivo da rede social. Diante disso, no último dia 20, o ministro Alexandre de Moraes deu cinco dias para que a plataforma se explicasse.
Ao menos seis contas bloqueadas a pedido da Justiça em inquérito que apura ataques à democracia e desinformação nas redes realizaram lives no Twitter.
Os casos de perfis bloqueados fazendo live são tratados como “absolutamente excepcionais” pela defesa do X, que adiciona que “não há que se falar, portanto, em ‘reativação de contas’ ou autorização ‘para uso da plataforma’, mas sim em uma falha técnica isolada”.
A manifestação dos advogados do X no Brasil informam ainda que a correção para evitar que perfis bloqueados pela Justiça drible o bloqueio e usem recursos da plataforma já foi distribuída e é resolvida mediante atualização do aplicativo no iOS.