Marcados por denúncias de corrupção, obras inacabadas e/ou mal feitas, o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), e seu então secretário de infraestrutura, Marcus Vinícius (MDB), lançaram no final de 2023 a obra do Viaduto na BR040, apontada por aliados como “a grande cartada para as eleições de 2024“. Porém a data de entrega chegou e a construção está longe de ficar pronta.
De acordo com a placa de sinalização da obra, o viaduto deveria ser entregue nesta quarta-feira (19), porém o que se vê no local são apenas quatro colunas de elevação, e boatos sobre um suposto laudo apontando para um erro no projeto e a necessidade teórica de mais 25 estacas de sustentação.
Aliados de Mossoró e Marcus Vinícius, que atualmente é candidato a prefeito do grupo governista, dizem que essa deve ser mais uma marca negativa para a dupla, "é claro que a oposição vai bater firme nisso. Poxa, até eu falaria", disse um candidato a vereador pabista que pediu anonimato e completou:
"A bala de prata pode ter virado um tiro no pé, igual o Consórcio Anhanguera (de R$ 61,9 milhões) que todo mundo lembra da lambança que é, o que acontece quando chove. Agora está seco, o pessoal está acreditando um pouco, mas Tomara que não chova até a eleição, se não a gente está lascado."
Histórico ruim:
Pressionado no final de 2022 por causa dos incidentes ocorridos pela falta de infraestrutura no município, principalmente no Setor de Chácaras Anhanguera, que irradia problemas para toda a cidade, o prefeito Pábio Mossoró e o seu então secretário de infraestrutura, atual candidato a sucessor, Marcus Vinícius, lançaram em fevereiro de 2023 o conjunto de obras apelidada do Consórcio Anhanguera de R$ 61,9 milhões.
A propaganda massiva dizia que o empreendimento acabaria com os problemas das enchentes causadas por qualquer pequena chuva na cidade, mas a obra mal começou e logo foi paralisada, já em maio, deixando para trás uma situação ainda pior do que a de antes do seu início. Além dos indícios de corrupção.
Suspeito de estar se sobrepondo ao PAC Anhanguera, o governo Pábio Mossoró pagou cerca de R$ 50 milhões para uma construtora da Bahia, que teria um histórico de associação criminosa com prefeituras de seu estado natal, para desviar dinheiro público de obras que não saem do papel ou são feitas abaixo do contratado, deixou para trás um amontoado de galerias de drenagem que não funcionaram e asfalto, que normalmente não resiste a pouca chuva.