O governo federal tenta desfazer o impasse das emendas de comissão vetadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lei Orçamentária Anual (LOA) no valor de R$ 5,6 bilhões.
Rui Costa (PT-BA), ministro da casa civil, foi inicialmente escalado para negociar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na tentativa de encontrar uma solução para o impasse. O ministro até tentou explicar os riscos de um eventual rombo de R$ 10 bilhões aos cofres públicos caso o veto fosse derrubado, o que prejudicaria projetos sociais, no entanto, não foi bem-sucedido, e agora o próprio presidente Lula quem terá que entrar em ação.
A questão das emendas de comissão ganhou destaque no ano passado, quando o petista vetou o montante significativo de R$ 5,6 bilhões dessas emendas, causando descontentamento entre os parlamentares. Diante da insatisfação, deputados, como Lêda Borges (PSDB-GO), e senadores, com Wilder Morais (PL), passaram a defender a derrubada desse veto.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), se posicionou a favor do veto, alegando preocupações com possíveis impactos negativos nos cofres públicos. Ele prometeu dialogar com os líderes partidários para defender a manutenção do veto, em alinhamento com os interesses do Palácio do Planalto.
Nesse contexto, a deputada Lêda Borges ainda sugere uma compensação do orçamento com a diminuição do fundo eleitoral, "precisamos fazer com que o recurso chegue na ponta", argumentou a parlamentar por Goiás.