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Vereador do PL é preso em operação contra a facção criminosa Terceiro Comando Puro no RJ

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, Ernane Aleixo (PL) é suspeito de negociar vagas de nomeação em troca de apoio político

Vereador Ernane Aleixo (PL) é preso em Operação contra a facção criminosa TCP / Foto: Reprodução (Reginaldo Pimenta – O Dia)

O vereador de São de João de Meriti, no Rio de Janeiro, Ernane Aleixo (PL), foi preso na manhã desta terça-feira (25) durante a “Operação Muro de Favores” da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ), que tem como objetivo combater uma estrutura criminosa ligada à facção Terceiro Comando Puro (TCP), atuante na Baixada Fluminense, especialmente nas comunidades Trio de Ouro, Guacha e Santa Tereza.

Ainda na ação, outros quatro suspeitos acabaram detidos. Entre eles, Luciana Adelia Theófilo, mulher do traficante Marlon Henrique da Silva, conhecido como “Pagodeiro”, e o irmão dele.

Segundo a polícia, áudios e mensagens comprovam que o parlamentar ofereceu material e suporte para a construção de barricadas em Vilar dos Telles, para impedir o acesso policial e de serviços básicos à população, além de negociar vagas de nomeação em troca de apoio político do grupo.

Troca de mensagens entre o vereador Ernane Aleixo (PL-RJ) de São João de Meriti e o líder da facção Terceiro Comando Puro / Foto: Reprodução (O Globo)

De acordo com o delegado Vinicius Miranda, da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), havia uma clara troca de favores entre o político e traficantes.

“Em uma das mensagens, o traficante havia solicitado uma retroescavadeira, o político disse que não tinha como fornecer, mas que teria como fornecer outro material, que seria o martelete, que na expressão utilizada pelo próprio traficante seria para “rasgar a rua”, disse ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

Ernane se apresenta nas redes sociais como vereador eleito por cinco anos consecutivos. Em 2024, ele recebeu 6.720 votos, sendo o terceiro mais votado do município. Em sua biografia na Câmara, ele se descreve como “um homem íntegro, honesto e cumpridor dos seus deveres”.

Na Cidade da Polícia, para onde foi encaminhado, o parlamentar negou envolvimento com o crime e com o traficante “Pagodeiro”.

"Nunca tive nada, nunca tive relação, não sei quem. Sou vereador pelo quinto mandato, sempre tive minha vida respaldada na verdade, nunca fiz isso. Sou da igreja, vou à igreja, sempre tive minha vida amparada em Deus. Eu não tenho maquinário, as máquinas são da prefeitura e usadas para retirar material e resíduo das ruas. Nunca compactuei com tráfico na minha vida, tenho minha vida limpa", declarou.

Ainda segundo as investigações, os criminosos se valiam de apoio político para praticar diversos crimes, inclusive instalando barricadas nas comunidades exploradas para dificultar o acesso das forças de segurança. Essa rede de “favores” oferecia suporte logístico e operacional em troca de benefícios financeiros e eleitorais.

Entre as práticas apuração também revelou uma mescla do modus operandi da do tráfico de drogas com milícias que inclui homicídios, extorsão qualificada de proprietários de estabelecimentos e lavagem de dinheiro, utilizando armas de fogo de uso restrito. O núcleo investigado era gerenciado por “Pagodeiro”, apontado como braço-direito do líder do TCP na região. Elementos da investigação confirmam que ele confessou ter matado três vítimas, incluindo uma mulher, durante confronto com uma facção rival em novembro de 2023.

A “Operação Muro de Favores” é uma ação da estratégia da “Barricada Zero”, que acontece pelo segundo dia seguido nas comunidades do Rio e São Gonçalo, na Região Metropolitana, além de Queimados, Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Luciana e Marlon Henrique. O espaço está aberto para eventuais manifestações.

Esse é o segundo vereador de São João de Meriti preso em operação da Polícia Civil em menos de 10 dias. No último dia 15, Marcos Aquino (Republicanos), foi detido em flagrante por porte ilegal de arma durante uma ação contra a expansão do Comando Vermelho, também na Baixada Fluminense.

Na ocasião, o parlamentar não era o alvo, mas chegou de carro ao local das buscas onde o alvo era seu irmão Luiz Aquino, investigado por possível envolvimento com o núcleo da facção que atua na região e que não foi localizado.

Ele foi solto na mesma tarde sob pagamento de fiança, e alegou, em depoimento, que a pistola pertencia a um amigo policial militar. Além disso, Aquino negou envolvimento com o crime organizado.

Prisão do deputado TH Joias

Ainda no meio político, a Polícia Civil prendeu, no início de setembro, o deputado estadual Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, (MDB), aliado do governador Cláudio Castro (PL). De acordo com as investigações, o parlamentar utilizava seu mandato para favorecer o crime organizado, intermediando a compra e venda de drogas, fuzis e equipamentos antidrones destinado a comunidades controladas pelo Comando Vermelho (CV).

Na ocaisão, ele foi destituído do seu cargo na Assembleia Legislativa (Alerj) e indiciado pelos crimes de organização criminosa, tráfico interestadual de armas e drogas, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, contrabando, exploração clandestina de telecomunicações, evasão de divisas, violação de sigilo profissional e embaraço à investigação de organização criminosa.

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