Entre os 5.568 municípios brasileiros, Valparaíso de Goiás está entre os 20 que mais cresceram em número de habitantes.
Na 11ª colocação nacional deste ranking, a cidade que completou 28 anos no mês passado saltou de 132.982 habitantes em 2010, para 198.861 residentes em 2023, de acordo com o último censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), finalizado em abril. Um crescimento populacional de 49,54%.

Este avanço demográfico teoricamente faria pressupor que ele seria a causa dos crescentes problemas estruturais da cidade, como a falta de infraestrutura, aumento do déficit no número de vaga nas escolas, a falta de medicamentos, problemas no atendimento de saúde, falta de transporte público e outros, porém a realidade matemática é outra.
Se o número de habitantes cresceu menos de 50% nos últimos 13 anos, do outro lado as previsões orçamentárias de Valparaíso saltaram os impressionantes 337,28%, saindo de R$ 139,70 milhões em 2010, para R$ 610,88 milhões em 2023.

Enquanto a então prefeita Lêda Borges (PSDB) previa arrecadar R$ 1.050,58 por habitante em 2010, a última Lei Orçamentaria Anual (LOA) previu R$ 3.071,91 por cada morador, para o custeio e investimento na cidade.

Se retirada a inflação do período, mais a previsão de 3,75% para 2023, que totaliza 122,628% acumulativo, a gestão de Mossoró teria, líquido, 31,34% mais recursos proporcionais para investir na cidade do que a então prefeita de 2010.
Em síntese, os números indicam que o prefeito atual de Valparaíso, Pábio Mossoró (MDB), comparado com a gestora de 13 anos atrás, tem proporcionalmente quase 1/3 a mais de condições financeiras para resolver os problemas da cidade e mesmo assim não construiu um único leito de UTI, quiçá um hospital inteiro, como aconteceu naquele tempo.