Donald Trump disse nesta terça-feira 4 que os Estados Unidos assumirão o controle de Gaza, devastada pela guerra, em entrevista coletiva na Casa Branca com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Os Estados Unidos tomarão o controle da Faixa de Gaza e também faremos um bom trabalho”, disse o presidente americano. “Seremos os donos dela e responsáveis pelo desmantelamento de todas as perigosas bombas não detonadas e outras armas neste lugar.”
Segundo o republicano, os Estados Unidos vão “nivelar o lugar e se desfazer dos edifícios destruídos” para desenvolver economicamente o território. Pouco antes, ele afirmou que os palestinos “adorariam” deixar a Faixa de Gaza e ir viver em outro lugar, se lhes fosse dada essa opção.
O republicano causou polêmica recentemente ao propor “limpar” a Faixa de Gaza e transferir seus habitantes para locais “mais seguros”, como Egito e Jordânia, que se opuseram à proposta. “Quando o presidente fala em limpar, ele quer dizer torná-la habitável”, explicou o enviado o enviado especial de Trump ao Oriente Médio, Steve Witjoff.
Netanyahu é o primeiro governante estrangeiro convidado à Casa Branca desde o retorno de Trump ao poder, uma comprovação da relação estreita entre o líder israelense e o mandatário americano.
Antes da reunião, o gabinete de Netanyahu havia anunciado que no fim da semana enviaria uma delegação ao Catar para discutir as próximas fases do cessar-fogo em vigor em Gaza desde 19 de janeiro.
O Hamas anunciou, nesta terça, o início das negociações com Israel sobre a segunda fase da a suspenção dos combates em Gaza, um diálogo celebrado graças aos mediadores.
A trégua permitiu a interrupção de mais de 15 meses de uma guerra devastadora entre Israel e o movimento islamista Hamas e a libertação de vários reféns israelenses em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos.