Sob o comando do prefeito Pábio Mossoró (MDB), da vice Zeli Fritsche (PRTB) e com a participação do deputado federal Célio Silveira (MDB), o município de Valparaíso de Goiás volta ao centro de mais um suposto esquema de corrupção, desta vez com recursos do Ministério da Educação para a construção de unidades escolares.
A denunciada fraude das “escolas fake“, criada para beneficiar parlamentares às vésperas das eleições, foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Nele, o deputado Célio Silveira (MDB), por exemplo, se capitalizaria eleitoralmente com anúncios da construção de duas novas unidades de educação, sem que haja a previsão total do investimento e ignorando as obras valparaisenses ainda inacabadas.
O município de Valparaíso tem uma escola e uma creche com recursos captados em 2011, outra escola viabilizada em 2014 e mais duas quadras esportivas cobertas inconclusas, cujo as obras vêm sendo retomadas pelo prefeito Pábio Mossoró às vésperas das eleições, mas abandonadas na sequência. À exemplo do ocorrido em 2020 com as unidades da Etapa B, Cidade Jardins e do Pacaembuzinho, que se repete neste ano.
De acordo com levantamentos do O Estado de São Paulo e do O Popular, entre as 32 novas unidades educacionais autorizadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em detrimento de 146 obras paradas só em Goiás, duas são destinadas à Valparaíso.
No total, o investimento previsto para as supostas “escolas fake” do município goiano, distante 36km de brasília, é de R$ 11 milhões, dos quais apenas R$ 400 mil foram reservados pela União, menos que 5%, o que inviabiliza os projetos, de acordo com técnicos.
Neste caso o recurso público só teria serventia para a propaganda eleitoral, feita com a repercussão do anúncio das obras.
Consultada pelo Jornal, a prefeitura de Valparaíso de Goiás não se manifestação até o fechamento da matéria.