Nesta terça-feira (19), a agência de risco Standard & Poor’s (S&P) fez uma alteração na nota de rating da economia brasileira. Anteriormente, a nota do Brasil estava em BB- , aumentando agora para BB. Com isso, a perspectiva sobre o país passa a ser classificada como estável.
O anúncio veio após a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, que estava no Congresso Nacional. Esta é a primeira elevação do Brasil desde 2011.
Entre as três mais relevantes agência de riscos, a S&P era a única que mantinha o Brasil com 3 notas abaixo do grau de risco. A perspectiva só começou a mudar em junho. A Fitch, por exemplo, já havia mudado a nota do Brasil para BB em julho.
Histórico:
Em 2011, o Brasil conseguiu atingir o mair índice na agência, subindo de BBB- para BBB. A nota se manteve durante os três anos seguintes, sendo rebaixada em 2014 para BBB- novamente. Em 2015, a nota chegou em BB+ , rebaixando novamente em 2017 para BB. Em 2018, ela chegou em BB- , onde ficou até o momento.
Além da reforma tributária, as perspectivas acerca do crescimento econômico foram cruciais para a progressão da nota. Segundo a S&P, estima-se que o PIB cresça cerca de 3% em 2023 e 1,5% em 2024, deixando o PIB per capita do Brasil em US$ 9.800 em 2023 e US$ 10.800 em 2026. Sobre a taxa básica, a Selic, é previsto que ela fique mais baixa no próximo ano, devendo sustentar um crescimento de cerca de 2% de 2025 a 2026.
Para a S&P, o processo de resolução de desequilíbrios fiscais no Brasil será lento. Além disso, a agência diz que a política monetária do Banco Central deverá ajudar a reancorar as expectativas de inflação. “Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas antecipamos que os défices fiscais permanecerão elevados”, diz o relatório.
Entretanto, a agência alerta que há possibilidade de retroagir e, consequentemente, diminuir a nota do Brasil, caso as políticas fiscais sejam mal implementadas.