Com uma das piores coberturas vacinais do estado, entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, a prefeitura de Valparaíso suspendeu a aplicação da 1ª dose da vacina contra a covid-19, dias após anunciar a imunização de moradores a partir dos 18 anos.
“Saiu mais uma notícia de que a cidade vai mal na vacinação, pior que a maioria das cidades do estado (de Goiás), e o povo do governo correu para gastar as doses e aumentar a aplicação sem planejamento nenhum“, disse uma servidora da Secretaria Municipal de Saúde na condição de anonimato.

Foto: Reprodução de redes sociais da Prefeitura de Valparaíso de Goiás
O governo do prefeito Pábio Mossoró (MDB) e da vice Zeli Fritsche (PDT) vem sendo duramente criticado pela má condução da crise causada pela pandemia. Além de não deixar claro o que fizeram com cerca de R$ 30 de Auxílio Federal, a dupla não preparou as escolas para o retornos às aulas e vem “batendo cabeça” na vacinação contra o coronavírus e não está conduzindo a imunização a contento.
“Aqui é igual boi no pasto, ‘vai onde o capim está verde’, não se pensa em nada, é tudo feito nas coxas, batendo cabeça, só para tirar fotos, para publicar nas redes sociais, sem nenhum compromisso de que dê certo, de que atenda a população“, reforçou a servidora.
Na primeira denúncia feita pela imprensa, em 17 de junho, Valparaíso só havia registrado a aplicação de 46,93% das vacinas recebidas, formando um estoque de 27.954 doses no mesmo tempo em que 172 pessoas morreram pela doença, muitas deles elegíveis para já terem sido imunizadas.
Logo depois a gestão Pábio e Zeli tentou acelerar o processo para se recuperar do desgaste, porém, segundo servidores da saúde, mais uma vez sem planejamento, fazendo a cidade ocupar a penúltima colocação em termos da cobertura vacinal entre os 15 maiores municípios goianos.
Para resolver mais esse desgaste, Pábio e Zeli reduziram para 18 anos a idade mínima para vacinar e agora suspendem a aplicação da primeira dose por falta da imunizante.
Questionada sobre o assunto, a Prefeitura valparaisense não retornou ao Jornal até o fechamento desta publicação.