O Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM-GO) entregou no último dia 15, ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), uma lista atualizada dos agentes públicos com contas rejeitadas.
Entre os nomes que passaram pela administração púbica de 112 municípios e tiveram suas contas consideradas irregulares pelo Tribunal, está o da ex-secretária de educação do governo Pábio Mossoró (MDB) e atual candidata a vereadora na chapa de Marcus Vinícius (MDB), Rudilene Nobre (UB).
De acordo com o Acórdão 00635/2024, do TCM-GO, Rudilene, que chegou a se lançar como pré-candidata a vice-prefeita do emedebista, teria sido responsável pelo pagamento de contratações superfaturadas no valor de quase R$ 1 milhão, exatamente R$ 982.137,54 neste caso.
Impacto
A rejeição das contas de Rudilene pode enquadrá-la na Lei da Ficha limpa, provocando a impugnação da sua candidatura a vereadora e um consequente corte de mais dois candidatos homens em seu partido, devido a exigência legal mínima de 30% de postulantes mulheres para o legislativo em cada pleito.
O caso também leva mais uma suspeição de corrupção para o entorno do candidato a prefeito Marcus Vinícius, que já foi condenado por crime eleitoral e enfrenta um processo onde é acusado de ter fraudado uma licitação.
Vinícius vem de duas derrotas no tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), que recusou seus últimos recursos para barrar o processo em que o Ministério Público o acusou de ter falsificado pessoalmente a assinatura de dois advogados do escritório de sua mãe, Márcia Teixeira, para forjar propostas concorrentes mais caras no processo licitatório onde saiu vencedor.
Consultada pelo Jornal, Rudilene Nobre informou que sua defesa entrou com um pedido de revisão junto ao TCM e com um pedido de liminar suspensivo na justiça comum e que segue em campanha.
Veja a lista completa: