A violência na retirada à força do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da presidência da Câmara nesta terça-feira (9), atingiu até mesmo em quem estava fora do plenário. Durante a cobertura da GloboNews, a repórter Ana Flor afirmou afirmou ter sido empurrada por seguranças da Casa.

“Eu, aqui do lado de fora, recebi empurrões de seguranças da Câmara, quando eu tentava cobrir, me aproximar desse momento. São situações que não são aceitáveis, uma segurança truculenta”, disse a jornalista que fazia parte já havia sido expulsa da cobertura do Plenário.
De acordo com o relato da repórter, após serem retirados do plenário para evitar o registro da retirada, a força, do deputado Glauber Braga, os jornalistas ficaram por mais de 20 minutos proibidos de entrar no plenário. Enquanto estavam barrados, houve discussão entre parlamentares e a segurança da Câmara.
“Se o presidente da Câmara [Hugo Motta (Republicanos) não autorizou isso, onde ele estava? Essa é a pergunta, porque o que ocorreu é lamentável para o plenário da Câmara, para a história da Câmara e para a democracia brasileira”, continuou.
O protesto foi feito após Hugo Motta anunciar nesta terça que entrariam em pauta na Câmara nos próximos dias os pedidos de cassação de Carla Zambelli (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) do próprio Glauber Braga.
A cassação do deputado do PSOL foi aprovado pela Comissão de Ética da Câmara após um pedido do partido Novo, que o acusou de faltar com o decoro parlamentar em abril do ano passado, quando expulsou da Câmara com empurrões e chutes o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costena.
Até então, a cassação de Glauber Braga ainda não havia entrado em pauta no plenário. O parlamentar argumenta que a pena é desproporcional e que o processo é uma perseguição política, pois ele teria uma relação conflituosa com o ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).








