A Rádio JM 95.5 FM de Uberaba, Minas Gerais, afirmou nesta quarta-feira (26), que foi o PL, partido de Jair Bolsonaro, deixou de enviar materiais de propaganda após o início do segundo turno das eleições, entre os dias 7 a 10 de outubro. A emissora também alegou que solicitou orientações sobre essa falta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e não fez uma denúncia, como disse o servidor exonerado da corte, Alexandre Gomes Machado.

Foto: Reprodução (Google Maps)
O caso veio à tona após a campanha de Bolsonaro encaminhar ao TSE nova manifestação com mais informações sobre a denúncia de que estaria sendo prejudicado nas inserções. De acordo com o relatório entregue à Justiça Eleitoral, teriam sido pelo menos 700 inserções a menos no segundo turno. Nesta quarta-feira, um assessor da Corte foi exonerado por práticas de assédio moral, inclusive por motivação política.
De acordo com a rádio mineira, as campanhas dos candidatos enviaram diretamente os materiais publicitários durante todo o primeiro turno das eleições, como mapas de mídia e áudios para veiculação durante a programação diária da rádio.
No entanto, no segundo turno, a emissora não recebeu o material do PL entre os dias 7 e 10 de outubro. A Rádio JM aponta que questionou a Justiça Eleitoral, assim como o partido, que na sequência voltou a enviar as propagandas de Bolsonaro por e-mail.
O veículo aponta, no entanto, que não recebeu orientação do TSE e que, por isso, ontem, terça-feira (25), voltou a buscar orientações na Corte sobre a necessidade, ou não, de reposição das inserções não veiculadas. Mas até o momento, segundo a rádio, não houve resposta do Tribunal.
Em nota, a Rádio JM lamentou que "o assunto tenha motivado um debate político acirrado e absolutamente desproporcional sobre um questionamento que poderia ter sido resolvido com a simples resposta pedida pela emissora"
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