Os dirigentes de 12 partidos de centro e de esquerda estão discutindo na noite desta quarta-feira (8), uma reação aos discursos golpistas do presidente Jair Bolsonaro e às manifestações antidemocráticas de 7 de Setembro. Eles vão discutir o apoio ao impeachment do mandatário e como mobilizar as bancadas na Câmara, que votam primeiro o impedimento presidencial.
Alguns desses presidentes como Carlos Lupi, do PDT, e Roberto Freire, Cidadania, já defendem o andamento do impeachment de Bolsonaro. Os presidentes do PSDB, Bruno Araújo, e do PSD, Gilberto Kassab, também estimulam discussões sobre o assunto dentro de seus partidos.
Além dos citados, também devem participar da reunião, Carlos Siqueira, do PSB, ACM Neto, do DEM, Baleia Rossi, do MDB, Gleisi Hoffmann, do PT, José Luiz Penna, do PV, Luciana Santos, do PCdoB, Paulinho da Força, do Solidariedade, e Juliano Medeiros, do PSOL.
Os dirigentes dos partidos repudiaram o tom dos discursos de Bolsonaro e prometeram dar uma resposta, após a reunião virtual, marcada para as 19h, motivada também pela fala do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas), ignorando a possibilidade de abertura de um processo de impeachment contra o chefe do executivo nacional.
Lira apenas disse que a Câmara tem “prerrogativas que seguem vivas” e afirmou querer servir como ponte de pacificação entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, elogiou os atos bolsonaristas e afirmou que é preciso dar um “basta” em “bravatas”.
Mesmo que aparentemente entregue ao bolsonarismo, o presidente da Câmara disse que a Constituição “jamais será rasgada” e que o único compromisso inadiável são as eleições de 2022.