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Presente de Grego – Às vésperas do Natal, Pábio Mossoró cria nova taxa para o povo de Valparaíso pagar

Com o apoio de 11 dos 13 vereadores da cidade, O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), criou um novo tributo na cidade às vésperas do Natal e dois meses após a eleição do seu correligionário e futuro sucessor, Marcus Vinícius.

Prefeito Pábio Mossoró entrega “presente de grego” à população de Valparaíso ao criar a chamada Taxa do Lixo a dois dias do natal e a 8 do fim do seu mandato / Fotomontagem do Jornal Opinião do Entorno

A taxa mensal de R$ 25,00 foi criada sob a desculpa de “financiamento da coleta, manuseio e destinação de resíduos sólidos” e pegou os moradores de surpresa, já que o serviço sempre foi pago com o Orçamento Municipal, que, por sua vez, vem crescendo ano a ano, acima da oferta de serviços públicos.

Para que se tenha uma ideia, só durante os governos Pábio, a Receita Orçamentária Bruta Anual valparaisense mais que dobrou, passando de R$ 321,87 milhões em 2017, para R$ 680,14 milhões em 2023, um aumento de 111,31%, enquanto a oferta de vagas nas escolas públicas municipais tiveram um acréscimo de apenas 8,90%, passando de 24.067, para 26.206 matrículas no mesmo período.

"Isso é um estelionato eleitoral, esse prefeito pediu voto para o candidato dele dizendo que estava tudo certo nos cofres públicos, agora vem com isso, passando para a gente uma conta que todos os outros prefeitos conseguiram pagar com muito menos dinheiro", comentou o senhor Eudes, morador do Setor de Chácaras Anhanguera, que completou:

"É igual essas obras bomba, mal feitas, que não poderiam ver chuva antes da eleição e a gora estão todas aí, destruídas pala água. Ele deixou para criar esse imposto depois da eleição porque ele sabia que a gente não ia aceitar. Isso é uma canalhice."

Possivelmente para distrair a opinião pública, a criação do novo tributo tramitou na Câmara Municipal entre vários outros assuntos sem importância, como Projetos de Leis que dão nomes a pedaços de ruas, a Ginásio de Esportes e a viaduto em construção, para os quais foi dado o mesmo caráter de urgência desnecessário, mas importante para encher as sessões de votação com informações que desviaram a atenção popular.

Além de estar cercado por temas irrelevantes a ementa do PLC 652, usada para anunciar o projeto toda vez que é citado, traz o seguinte texto: "altera a Lei Complementar 114 de 18 de dezembro de 2018 do código tributário municipal e dá outras providências", sem mencionar o seu principal objetivo, que é a criação de mais um tributo, de R$ 25 mensais por moradia, para os moradores da cidade pagarem.

Confira os vereadores que votaram a favor do novo tributo, que vai gerar uma despesa de R$ 300,00 por ano em cada moradia:

  • Antônio José (PDT);
  • Flávio Lopes (MDB);
  • Plácido Cunha (PDT);
  • Cláudia Aguiar (PSDB);
  • Elenir (MDB);
  • Tião da Padaria (MDB);
  • Jabá (UB);
  • Zequinha (PL);
  • Walison Lacerda;
  • Fábio Moraes (PP);
  • Édson Nunes (PSDB).

Apenas os vereadores Petinha do Céu Azul e Zé Antônio, ambos do PL, votaram contra.

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