A prefeitura de Valparaíso de Goiás deve finalizar o primeiro trimestre de 2021 com quase o dobro de investimento pretendido para compra de insumos de impressora, em detrimento à obras de recuperação asfáltica.
Mesmo com boa parte da malha viária da cidade completamente danificada, o governo comandado pelo prefeito Pábio Mossoró (MDB) e a vice Dra. Zeli Fritsche (PDT), está licitando R$ 3,8 milhões para a compra de insumos de impressoras e copiadoras, enquanto para asfaltamento, a Tomada de Preços 001/2021 prevê o investimento de apenas R$ 673,8 mil em pavimentação afática.
Ainda há o Pregão Presencial 003/2021, também de apenas, R$ 1,4 milhões para a compra de matéria prima usada na prodição de massa asfáltica, que por sua vez pode ser empregada em operações tapa buracos e não em pavimentação propriamente dito.
Para piorar a avaliação sobre o investimento pretendido por Pábio e Zeli, a Concorrência 001/2021 destina R$ 24,4 milhões em contrato para operações Tapa Buracos, o que na engenharia de estradas é considerado “paliativos descartáveis”, usados somente superar tempos de impossibilidade para realização de obras de recuperação asfáltica.
Com o baixo investimento nas obras que poderiam verdadeiramente solucionar os problemas dos moradores, a Tomada de Preços 001/2021 contempla apenas uma ou duas ruas de 7 doas 49 bairros da cidade, o que segundo a moradora do Esplanada I, Maria de Lourdes, “não resolve a vida de ninguém”.
“Mais uma vez o prefeito vem com essa coisa de arrumar uma rua aqui e outra lá longe para convencer a gente de que tem obra na cidade inteira, mas a verdade é que Esplanada [II] está completamente destruído, nunca esteve tão ruim. Duas ruas não resolvem a vida de ninguém“, disse ela.
Questionados se há, além da Tomada de Preços 001/2021 e do Pregão Presencial 003/2021, mais alguma previsão de investimento na recuperação asfáltica da cidade, tanto o secretário de Infraestrutura valparaisense, Dr. Marcus Vinícius, quanto a Assessoria de Comunicação da prefeitura não retornaram à redação.
