O Ministério da Defesa do governo Bolsonaro informou nesta terça-feira que os três comandantes das Forças Armadas, Edson Pujol, do Exército, Ilques Barbosa, da Marinha, e Moretti Bermudez, da Aeronáutica serão substituídos.
Analistas apontam que as mudanças fazem parte de uma estratégia do presidente se “aproximar e ou exercer maior controle” sob as Forças Armadas, intenção que justificaria a substituição de Azevedo e Silva, que em sua saída do Ministério da Defesa afirmou sempre ter buscado preservar a instituição como “de Estado” e não de governo.
Em nota divulgada depois de uma reunião dos comandantes primeiro com Fernando Azevedo e Silva, que está deixando o comando do ministério, e depois com Walter Braga Netto, que assume o posto, a Defesa informou apenas que a decisão foi comunicada durante o encontro.
“O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças”, publicou o órgão em curta nota.
Pujol, Bermudez e Barbosa se reuniram na noite de segunda-feira e a intenção inicial era de que os três entregassem os cargos, mas havia uma expectativa de que apenas Pujol, que tivera atritos com o presidente Jair Bolsonaro, saísse de fato.