No fim do ano de 2021, o procurador-geral da República, Augusto Aras, questionou no STF a ausência de uma relação de documentos apontados como provas pela CPI da pandemia dos supostos crimes atribuídos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao ex-ministro Eduardo Pazuello e ao ex-secretário-executivo da pasta, Élcio Franco.
Recentemente o vice-procurador-geral, Humberto Jacques de Medeiros também questionou se há, por parte do Senado Federal, um controle de acesso aos documentos sigilosos e pediu que a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, pedisse à Comissão explicações sobre a data em que foi produzida a nova relação e que o colegiado informasse se “houve qualquer espécie de recorte”
no acervo de provas.
Nesta sexta-feira (04) Rosa Weber negou os pedidos da (PGR) que alegou caber ao próprio procurador-geral da República solicitar esclarecimentos ou documentos diretamente à CPI, sem necessidade de intervenção do STF.
“Não é este petitório o locus apropriado para se instaurar um incidente de ‘prova sobre a prova’ entre órgãos que compõem o aparelho de Estado”
, justificou Weber.