Nesta terça-feira (15), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou os dois primeiros casos no Brasil de infecção pela nova variante da Covid-19, popularmente chamada de Deltacron.
Residentes no Amapá e no Pará, as duas pessoas têm o esquema vacinal completo e passam bem, apresentando apenas sintomas leves.
A nova variante do vírus é considerada pela pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marilda Siqueira, um fenômeno muito raro até o momento, pois se trata de uma recombinação das antecessoras Ômicron e Delta.
De acordo com Siqueira, até o momento, essa recombinação acontece quando os dois genomas se encontram na mesma célula. Dessa forma, o genoma foi identificado em sua maior parte como Delta, enquanto a proteína Spike, que seria a coroa do vírus, é oriunda da Ômicron.
Apesar da Delta e da Ômicron terem sido variantes que atingiram altos níveis de contágio em todo o mundo, a pesquisadora destaca que o número de pessoas que tiveram a coinfecção por essas cepas ainda é baixo.
“Ainda não se percebe um alto índice de infecção. Número muito pequeno, até o momento, para considerar uma nova cepa. E essas pessoas estão tendo sintomas leves e, portanto, a hospitalização é baixa”
, explica a integrantes do Comitê de Evolução Viral da OMS.
Atualmente, foram identificados cerca de 40 casos no mundo, em países como França e Holanda, além do Brasil.