O documentário “O Caso Robinho”, nova série produzida e exibida pela Globoplay, conta com uma entrevista inédita com a vítima de estupro cometido pelo ex-atacante da Seleção Brasileira e amigos.
A obra traz detalhes da investigação realizada na Itália, país onde o crime aconteceu, e o processo judicial que resultou na prisão de Robinho.
Além de Robinho, outro brasileiro e amigo do jogador, Ricardo Falco, também foi condenado na Itália por estupro coletivo.
"Se eu tivesse que me descrever, diria que me sentia como… uma música brasileira: cheia de ritmo, de alegria, de luz. Sempre digo que eu costumava ser cheia de cores, que foram se desbotando. É, elas ficaram desbotadas durante muitos anos", diz a vítima, Mercedes, em um trecho divulgado pelo Fantástico deste domingo (3).
Ela pediu para ter o rosto coberto, mas deixou que a equipe a chamasse pelo seu nome.
"Eu nem tive força para reagir, para me mexer. Tanto que depois, quando me levaram para fora, tiveram que me segurar e me ajudar, porque eu não conseguia nem andar".
Para a diretora e roteirista Caroline Zilberman, "o documentário tem a possibilidade de um distanciamento temporal, por ser um crime que aconteceu há onze anos. A gente consegue explorar o papel do jornalismo e os bastidores da investigação".
O diretor e roteirista Rafael Pirrho afirmou ao Fantástico que "'quando você junta nesses quatro episódios a história toda, desde a acusação, a volta ao Brasil, a cobertura da imprensa, os julgamentos, e explica toda a investigação complexa da justiça italiana, você consegue ter um retrato melhor desse caso".
O caso
Robinho e cinco amigos foram acusados de estuprarem uma mulher albanesa em uma casa de shows de Milão, na Itália, em 2013. O processo contra o jogador durou oito anos. Ele foi condenado em todas as instâncias da justiça italiana e cumpre pena desde março recente em Tremembé (SP).
Nenhum dos acusados quis dar entrevista ao documentário, que já está disponível para assinantes Globoplay.
