O número de mortes no atentado ao aeroporto Hamid Karzai em Cabul, no Afeganistão, já passou de 180, segundo informa do Pentágono.
Entre as vítimas, estão os 13 soldados americanos e, ao menos, 170 cidadãos afegãos. Há ainda mais de 150 feridos.
O ataque com um homem bomba apenas, e não dois como informado inicialmente, realizado nesta quinta-feira (26), foi reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico de Khorasan (ou Isis-K), uma célula ligada ao EI e que atua na região desde 2014 como rival direto da Al Qaeda. Os extremistas da organização fundada por Osama bin Laden contam com a proteção do Talibã, que reassumiu o poder no país em 15 de agosto.
As agências de Inteligência de diversos países, como os Estados Unidos, Reino Unido e a Alemanha já estavam alertando para o risco de um ataque do tipo. Segundo os relatórios, diversos homens-bomba do EI estavam se dirigindo a Cabul para se aproveitar da caótica evacuação que está sendo realizada por países ocidentais para atingir os talibãs.
Mesmo negando que algum dos membros do grupo morreu no ataque desta quinta-feira, os fundamentalistas do governo pediram ajuda da Turquia para garantir a segurança no aeroporto.
“Os talibãs nos propuseram gerir o aeroporto de Cabul, com técnicos civis, mas ainda não tomamos uma decisão. Não é possível dar o luxo a ninguém sobre quem, onde, quando e como devemos conversar. No Afeganistão, há um sério vácuo administrativo, e aqui estamos tendo as conversas necessárias“, disse o presidente turco, Recep Tayyp Erdogan, após um encontro de três horas e meia em Ancara com representantes afegãos.
Erdogan ainda lembrou que “quando todos deixaram o Afeganistão, a Turquia não os abandonou” e alertou que o ataque cometido pelo EI nesta quinta “mostra o quanto essa organização é perigosa na região e no mundo“.