O ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro do governo Bolsonaro, Sergio Moro confirmou nesta quinta-feira (31), que desistiu “nesse momento” de concorrer ao cargo de presidente da República nas eleições de outubro próximo.
Moro usou suas redes sociais para oficializar a desistência e também confirmar sua saída do partido Podemos e a filiação ao União Brasil, acertada mais cedo.
"Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor"
, escreveu.
Na mesma postagem, o ex-ministro afirmou também que o País precisa de uma "alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização"
.
Analistas políticos cogitam a possibilidade de Moro ter desistido de sua candidatura apenas temporariamente, para minimizar a resistência de caciques do antigo DEM, como ACM Neto de Bahia e Ronaldo Caiado, de Goiás. Passado o primeiro momento, ele voltaria à sua precampanha para disputar a indicação de um grupo de partidos, que incluiria Podemos, Cidadania, União Brasil, PSDB e MDB.
Moro tem aliados no União Brasil, como os deputados Júnior Bozzella (SP) e Kim Kataguiri (SP), mas uma ala de caciques oriundos do DEM, comandada pelo secretário-geral da legenda, ACM Neto, e pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, não querem tê-lo como candidato a presidente.