Dona de discursos bem avaliados, a deputada federal por Goiás, Lêda Borges (PSDB), cumpriu uma extensa agenda nos últimos dias em função das pauta alusivas ao ‘Dia Internacional da Mulher‘, comemorado neste dia 8 de março.

Na terça-feira (7) a parlamentar, que é moradora de Valparaíso de Goiás, cidade da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal, deu uma entrevista à TV Anhanguera que foi ao ar no dia seguinte.
Na maior bancada feminina da história, com mais de 90 deputadas, seis somente de Goiás, Lêda Borges comentou que os números atuais são um avanço, mas o objetivo é alcançar a paridade entre homens e mulheres no Congresso Nacional:
"Está aquém, é claro, da nossa vontade, que é a igualdade, metade metade, eu acho que o Brasil seria bem melhor (assim), o mundo também seria melhor, mas já avançamos não é? Precisamos avançar mais"
, disse a peessedebista durante a entrevista.
De acordo com Lêda Borges, as legislações e as políticas públicas precisam ser postas em prática concretamente para moldar um futuro com novos costumes:
"Não adianta só a legislação. Eu creio muito, por exemplo, no projeto 'Maria da Penha vai à Escola', que é da minha amiga Manu, eu provavelmente vá colocar emenda para que esse projeto chegue às escolas, chegue onde precise chegar, que é a mudança comportamental que vem desde a criança"
, comentou.
Já na quarta-feira (8), Lêda Borges usou a tribuna da Câmara Federal para alertar que a luta das mulheres retrocedeu para a busca do direito fundamental da vida. Conforme reportagem divulgada pela TV Globo, fora outras violências, uma mulher é vítima de feminicídio a cada seis horas no Brasil e a parlamentar observa que, com a dureza das novas leis, homens estão cometendo esses crimes e depois tirando suas próprias vidas na sequência, deixando uma legião de órfãos no país.
"Eu acredito na força, na nossa coragem, porque lutamos ainda pelo maior direito homens, pela vida, estamos deixando famílias, filhos órfãos e hoje com a dureza da lei, não só se matam nós mulheres, mas nos matam e se suicidam"
, discursou a deputada.
Por convenção, em 1975 a Organização das Nações Unidas instituiu o dia 08 de março como o Dia Internacional da Mulher, até então, não havia uma data certa para comemorar e cobrar uma posição digna diante da sociedade, com direitos e deveres iguais de mulheres e homens.
Há diversos pontos de partida, mas o mais crível é que a data tenha sido escolhida inspirada na greve ocorrida na Rússia, deflagrada em 08 de março de 1917 por mulheres que lutavam por melhores condições de trabalho. O ato foi o estopim para a revolução russa que derrubou o Czar Nicolau II e mudou a história do século XX.