Os registros de corpos espalhados nas ruas da cidade ucraniana de Bucha, a 20 quilômetros de Kiev, enterrados em montes de terra ou em valas comuns, chocaram o mundo civilizado e está colocando pressão no regime de Vladimir Putin.
Um dos principais negociadores ucranianos pelo fim da guerra, Mykhailo Podolyak, postou parte das imagens registradas no local, que indicam tortura, execução e outros, e apelou por mais pressão em Putin.
"Região de Kiev. Inferno do século 21. Corpos de homens e mulheres, que foram mortos com as mãos amarradas. Os piores crimes do nazismo voltaram para a Ucrânia. Isso foi feito propositalmente pela Rússia"
, escreveu Podolyak que completou aoelando ao resto do mundo: "Imponham um embargo aos recursos energéticos, feche os portos marítimos. Pare com os assassinatos!"
Na postagem anterior, com mais imagens, o ucraniano lembrou do fato do exército russo ter entrado no país levando uma crematório móvel, e insinuou que o equipamento teria a função de ocultar crimes de guerra:
"Russia entrou na Ucrânia com bandas militares e colunas da resguardo. Mas eles foram seguidos por crematórios móveis. Por que você precisa deles (crematórios) se não acredita em resistência? Agora sabemos, para esconder crimes de guerra. Este não é um erro de um artista. Este é um genocídio planejado"
, escreveu.
Ao todo, as equipes de resgate e voluntários em Bucha informaram o recolhimento de 410 corpos até o momento.
Mais pelas imagens do que pelos apelos do governo ucraniano, nesta segunda-feira (04) a França a Líbia e até a Alemanha, país europeu mais dependente do gás russo, expulsaram vários diplomatas do governo de Putin.
Nos estados Unidos, por exemplo, deputados Republicanos e Democratas se reuniram em uma carta endereçada ao presidente Joe Biden, pedindo que o país envie aeronaves e armas pesadas, como misseis de longo alcance Terra Ar, baterias antiaéreas, entre outros.
Como resposta, os russos alegam que as imagens seriam uma fraude dos ucranianos e que vão apresentar provas na reunião do Conselho de segurança da ONU mesta terça-feira (05), porém equipes de jornalistas internacionais acompanharam a remoção dos corpos, situação com a qual o chanceler russo não contava.