O deputado federal Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, afirmou que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), mentiu ao afirmar que barrou a indicação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à liderança da minoria por razões técnicas.

De acordo com o deputado, o chefe da Câmara entrou em contato após o governo dos Estados Unidos anunciar novas sanções a autoridades brasileiras e teria informado que a manobra para manter o mandato de Eduardo seria cancelada.
“Ontem, depois de colocada a Lei Magnitsky na esposa de Moraes, recebi uma ligação de Motta, falando que ele não poderia mais cumprir o compromisso porque ‘o tom ficou muito acima da média’. Ele não me afirmou, mas fico entendido que foi por retaliação que o que aconteceu com a família [de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal]”, disse Sóstenes Cavalcante na terça-feira (23).
Ainda de acordo com o deputado bolsonarista, foram realizadas duas reuniões com o presidente da Câmara antes do anúncio na medida. “Eu não tomo, como líder, nenhuma decisão sem antes conversar com Motta. Quando estudamos o regimento da Casa e encontramos brecha na resolução de 2015, a primeira coisa eu refiz foi comunicar. Motta sabia da nossa decisão e o que faríamos. Em todos os momentos Motta sabia, ele já tinha ciência”, disse o líder do PL.
“Eu estava na reunião da minha bancada e soube que o presidente passou informação equivocada. Disse que o deputado Eduardo nunca o comunicou sobre a saída do país. É um equívoco, imagino da assessoria do presidente. Existem 8 comunicados oficiais, o primeiro de 27/2 e o último de 18/9”, argumentou Sóstenes.