Considerado causa de um novo momento de tensão entre o Congresso Nacional e o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o veto presidencial às emendas de bancada no valor de R$ 5,6 vem sendo tema de discussões entre os parlamentares, mesmo antes do retorno oficial do recesso.

Apenas nas duas comissões presididas por legisladores goianos, o corte dos recursos já previstos na Lei Orçamentaria Anual (LOA) de 2024 representa R$ 159 milhões, que estariam destinados a programas de atendimento a grupos da população expostos a algum tipo de vulnerabilidade, como mulheres e crianças vítimas de violência.
"(Essas emendas) são muito esperadas por nós, muito debatidas e vão fazer muita falta. Mas nós vamos trabalhar para derrubar esse veto", disse ao jornal O Popular a deputada federal Lêda Borges (PSDB-GO), presidente da comissão de defesa dos direitos das mulheres, que teve 13 indicações no valor total de R$ 144 milhões vetados.
Para a parlamentar, seria melhor que o orçamento não tivesse, por exemplo, um fundo eleitoral tão grande, para o qual foi aprovado R$ 5 bilhões destinados à campanhas eleitorais deste ano.
"Precisamos fazer o recurso chegar na ponta (na população), executando políticas públicas na ponta", completou a parlamentar.
Nesta semana o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP- AL) convocou uma reunião de líderes, em pleno período de recesso, para debater o veto presidencial aos recursos. A tendência é que o corte seja derrubado na volta oficial dos parlamentares.








