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Jornalista é preso em Valparaíso após questionar o prefeito Pábio sobre obra paralisada e recursos públicos

O jornalista Mário Prata foi detido na manhã da segunda-feira (03) após questionar o prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB), sobre os recursos destinados à obra de reforma do CIOPS Céu Azul, que estaria paralisada.

Jornalista Mário Prata / Foto: Reprodução de Redes Sociais

De acordo com os relatos do jornalista, ao visualizar o prefeito Pábio vistoriando a obra, ele se dirigiu ao gestor gravando um vídeo selfie e questionou sobre uma informação de que a empresa contratada teria abandonado a empreitada por falta de pagamento, mesmo com o recurso em conta. Irritado, Mossoró teria tomado o seu celular do comunicador, onde estava sendo feito registro.

Mossoró teria corrido para dentro do CIOPS e manuseado o aparelho, na suposta tentativa de apagar o vídeo, enquanto Mário Prata era barrado do lado de fora por um policial e assessores do prefeito.

"Eram oito e pouco mais ou menos, nove horas, quando eu vi o prefeito Pábio Mossoró fazendo vistoria lá na obra do CIOPS. A para! Vistoria em obra parada? Muro quebrada, parede quebrada. A obra não conclui. Eu cheguei para ele e preguntei: Prefeito, o construtor disse que, alguém aí da empresa disse que a empresa foi embora, abandonou a obra por falta de pagamento: O que você tem a dizer sobre isso? Aí ele me chamou de vagabundo e deu um bote no meu celular e feito um trombadinha, aqueles pivetes de rua, ele correu, vazou para dentro do CIOPS", relatou o jornalista em vídeo publicado nas redes sociais.

Já dentro da unidade, o embate teria esquentado até prefeito pedir a detenção do comunicador. A partir daí Mario Prata foi conduzido pelo delegado Regional, Dr. Rafael Abrão e o também delegado local, Frederico Gama, até a delegacia da Etapa A, no Valparaíso I.

Na 1ª DP, mesmo sem oferecer nenhuma resistência, o jornalista foi trancado em uma cela, segundo sua advogada, Dra. Lindamara Antônia, em um ato desnecessário e arbitrário. Naquela situação, Mário Prata ainda foi estranhamente fotografado no mínimo duas vezes, uma delas provavelmente por um celular e outra de maneira aproximada e nítida, aparentemente a partir de uma máquina fotográfica profissional.

Jornalista Mário Prata é fotografado ilegalmente dentro de uma cela da 1ª DP do Valparaíso I / Fotos: Reprodução de redes sociais

As imagens do jornalista trancado, que desrespeitam a Lei 13.869, foram parar, coincidentemente ou não, nas mãos dos aliados do prefeito Pábio Mossoró, que passaram a publicá-las nas redes sociais, ridicularizando e chamando o jornalista de criminoso.

Mário Prata passou cerca de cinco horas trancado em uma cela, segundo ele, sem direito a banheiro ou água, por exemplo. Após esse tempo o jornalista foi liberado assinando apenas um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), que poderia ter sido feito no próprio CIOPS Céu Azul, onde tudo aconteceu, na presença de testemunhas.

"Ora, se fosse par apenas registrar um TCO, isso poderia ter sido feito lá no CIOPS mesmo, onde aconteceu tudo, mas não. Tinham que me transportar no carro da polícia né? Para ter aquela conversinha de pé de orelha, de: "se você falar alguma coisa você já sabe né? Tinham que me por numa cela para me fotografar, me expor, para tentar me intimidar né?", disse o comunicador ao Jornal.

Já o prefeito, que também é acusado pelo Mário Prata, foi à delegacia em seu próprio carro e foi liberado pouco tempo depois.

Sobre a apreensão do seu celular, o jornalista Mário Prata disse que o delegado não teria solicitado as imagens do incidente, o que para ele não seria problema, mas o acesso ao aparelho, o que ele negou, com receio de que os vídeos fossem apagados, preferindo, mesmo achando descabido, que o aparelho fosse mesmo para a perícia, que pode recuperar as imagens do primeiro arquivo, supostamente deletado pelo prefeito Pábio.

"Está tudo gravado lá, a hora que eu questionei o 'Voçoroca' (prefeito), a hora que ele deu o bote no meu celular e saiu correndo. Deve ter ele mexendo no meu aparelho para apagar o vídeo, depois tem a parte da discussão lá dentro (do CIOPS), ele (o prefeito) berrando igual um doido e o bote que o policial deu para me impedir de continuar filmando e tomar o meu celular. Está tudo lá", comentou Mário Prata.

Questionada sobre o incidente, a assessoria de comunicação da Polícia Civil de Goiás informou que o jornalista teria injuriado o prefeito e empurrado uma de suas assessoras e que, por isso, ele foi conduzido à delegacia para o registro da ocorrência, acompanhado da sua advogada e depois liberado. Sobre a apreensão do celular do comunicador, a nota da corporação diz apenas que o aparelho continha imagens dos fatos, que devem ser periciados após autorização judicial.

A assessoria de comunicação do prefeito Pábio Mossoró não retornou ao contato do Jornal.

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