Um ataque israelense contra o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, deixou dezenas de mortos e feridos nesta terça-feira (31/10), segundo autoridades do território palestino.

Israel confirmou que caças israelenses realizaram o ataque.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, e o vizinho Hospital Indonésio, para onde a maioria dos feridos foram transferidos, contabilizaram pelo menos 50 mortes.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros em Ramallah, na Cisjordânia, indicou que o número total de mortos e feridos ultrapassava os 400, alguns deles mulheres e crianças.
Já o Crescente Vermelho fala em pelo menos 25 mortes, enquanto um médico relatou à BBC que o hospital em que ele trabalha recebeu 120 corpos de vítimas.
As autoridades palestinas compararam o acontecimento desta terça-feira com a explosão no hospital Al-Ahli, no centro da cidade de Gaza, em 17 de outubro, na qual cerca de 500 pessoas morreram.
Segundo o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) Jonathan Conricus, o objetivo foi destruir um sistema de túneis subterrâneos em Gaza, o que acabou abalando prédios na área — tipo de consequência que “não pode ser evitada”, nas palavras do porta-voz.
Conricus acrescentou que mais de uma bomba foi usada no ataque, que tinha como alvo Ibrahim Biari, um importante e veterano comandante do Hamas. Segundo a IDF, Biari e “muitas dezenas” de combatentes do Hamas baseados em Jabalia morreram.
Daniel Hagari, também porta-voz da IDF, afirmou que o ataque levou ao colapso de outros edifícios, que, segundo ele, tinham “infraestrutura muito extensa”.
“O objetivo dessa infraestrutura era realizar atividades terroristas contra as nossas forças”, diz Hagari.
Em 7 de outubro, o Hamas conduziu ataques a Israel que mataram 1.400 pessoas e tomaram 239 como reféns. Desde então, na retaliação israelense, mais de 8.500 pessoas morreram em Gaza, segundo as autoridades palestinas.
Texto original da BBC Brasil