A inflação divulgada nesta sexta-feira (8) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), definido como índice oficial do Brasil, fechou o mês de setembro em 1,16%, o maior valor para o mês desde o início do Plano Real, em 1994.
Com isso, pela primeira vez em cinco anos, o país voltou a ter uma inflação acumulada em 12 meses na casa dos dois dígitos, ficando em 10,25%. A última vez que isso ocorreu foi em fevereiro de 2016, quando bateu 10,36% na soma dos 12 meses anteriores.
Considerando só o ano de 2021, a alta do IPCA é de 6,9%; comparando com o mesmo mês do ano passado, a variação foi de 0,64%.
Na composição do índice, a maior pressão veio da alta do preço dos combustíveis: só a gasolina teve um aumento de 1,93 ponto percentual. Também a energia elétrica com 1,25% de reajuste e o gás de cozinha com alta de 0,38%.
Quando considerados os grupos de consumo, as taxas mais altas ficaram com Habitação (2,56%), Transportes (1,82%) e Alimentação e Bebidas (1,02%). Apenas o setor de educação teve deflação, com -0,01%.
Os números estão muito acima do que o Banco Central havia definido como meta para 2021, que era uma inflação de 3,75% com margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.